Saturday, December 29, 2007

Em busca do Santo Graal

Eu precisava fazer um parêntese para contar de como eu mais ou menos dei duas voltas ao mundo para chegar levar a Marion ao encontro da sumidíssima Ana. Batemos na porta dela. Entre a Terra Média e onde o vento faz a curva. A quem interessar possa: as botas de Judas são número 42.

Nem nas andanças medievais que o Wally conta os cavaleiros sofreram tanto. Imaginem que um carro aos 41 graus deve ter um pouco o mesmo efeito de uma armadura sob os sol. Ah, tinha esquecido, eles pelejavam na fresca Europa!

Mas a relíquia vale à pena. Tô pensando em iniciar uma campanha para fazer a Canecuda voltar a blogar. E também para ganhar uma daquelas maquininhas de servir choppe gelado.

Choppe estranho com gente esquisita


Vou usar de baixa poesia para contar como foi a festa. Porque eu acho super tendência.

Vejam só que festa de arromba
Ontem à noite eu fui parar
Presentes no local o rádio e a televisão
Cinema, mil jornais, muita gente, confusão...

Quase não consigo na mesona sentar
Pois o calorão estava de amargar
Hey! Hey! (Hey! Hey!)Que onda!
Que festa de arromba!...

Logo que eu cheguei notei
Carla San com um copo na mão
Enquanto Carrie White pentelhava o garçom
Apresentando todo mundo e caçando um lugar bom
Enquanto Andrea ria Delaidinha desistia
De agarrar um bofe que do banheiro não saia
Hey! Hey! (Hey! Hey!)Que onda!
Que festa de arromba!

Marion e Wally namoravam no cantinho
na cabeceira dona Cris arrasando no pretinho
Rose só na pepsi MaryHipe no choppão

Os outros convidados não podiam opinar
Enquanto a Bellinha não parasse de falar

Mas olha quem pintou de repente
Renata com seu novo carrão(Bapára!)
Lá fora um corre corre dos palhaços do lugar
Era a Roberta que acabava de chegar

Hey! Hey! (Hey! Hey!)
Que onda, que festa de arromba!

Não consegui mencionar todos, óbvio. Porque eu tenho um bocadinho de medo de semi-conhecidos ou talvez apenas um problema com bebida. Mas que o pré-reveillon da Carrie deve ter sido uma das melhores mesas do ano lá isso deve...

Wednesday, December 26, 2007

A moment in the lips, a lifetime in the hips


É fato que engordei.

Convenção de geeks

Parece que os melhores blogueiros da rede combinaram juntos de dar adeus ao amarelo nerd aqui na cidade. Carrie pede chopp, Cris pede samba, Delaidinha já desfila suas banhas no Posto 9, e tem mais esse aqui e essa aqui, que vão fazer os próximos updates desse humilde PC que agora vos escreve. Até a sumida Ana promete ressugir do recôndito atlântico. Seriam tramas MariHype? Vou deixar para a Bella explicar.

Eu adoro.

Well, well, well...

Gabriel. O grande astro de 2007.

É impressão minha ou os bebês antigamente demoravam mais a sorrir, falar e cantar? Ou o meu sobrinho é mesmo um gênio?

Eu tenho uma lembrança muito forte da minha mãe grávida do meu irmão e não tinha esse negócio de chamar a criança pelo nome, por exemplo. Só depois que saía da barriga. Hoje em dia os pequenos recebem estínulos tão remotos que já vêm ao mundo cheios de personalidade. E de manha, no sentido malandrístico e não bebezístico da palavra.

E fora que no tempo em que os filhos vinham em série os pais não tinham mesmo tempo para observar e comemorar cada gracinha.

O que não tira o mérito do nosso menino. Sim, ele é super precoce.

Cenas de um encerramento

Eu lembro como se fosse hoje de como eu vim até aqui no final do ano passado para contar e fazer balanço do meu ano, listando várias novas experiências e sensações que a vida esperou até 2006 para me oferecer. Em 2007 as novidades tiveram cara de fim de festa. Amigos muito próximos adoeceram - de coisas que deviam ser vetadas a gente da minha idade - e eu própria precisei enfrentar dilemas indiscutivelmente adultos.

É...a vida chegou mesmo, eu acho. E a busca desenfreada por diversão e prazeres acaba sendo mesmo movida por uma irracional sensação de fim de festa, que vem justamente do entendimento da finitude das pessoas e da efemeridade de todas as coisas.

Vamos dançar enquanto ainda há música pois algumas coisas realmente não mudam.

Conselho de classe:

-Ah, mas ele já tem 14 anos. O que mais uma reprovação vai fazer por ele agora? Quem vai abrir...Inglês?
-Eu não. Esse moleque jogou um pedaço de reboco na professora de história e me chamou de filha da puta.
-Mas o que a gente tá julgando aqui é o rendimento dele?
-Ele não teve rendimento.
-E que estratégias você usou para tentar recuperá-lo?


-Essa então só passou em Educação Física?
-Ela é analfabeta.
-Mas como ela chegou até a sétima série?


Véspera da festa da firma:

-Será que vai ficar mesmo esse tempo chuvoso?
-Que merda... assim a fulana não vai pôr biquini.


No shopping:

-Professoraaaaaaaaaaa!
-(...)
-Eu passei?

Sunday, December 23, 2007

Merry Christmas to all my FRIENDS

And "don't try to sing along":

Complexo de Monica Geller

Alguém aí já mudou de uma casa de quatro quartos para um apertamento onde a cozinha acaba na sala? Aconteceu comigo e eu precisei abrir mão de um dos meus hobbies preferidos: exercitar a minha cruel porção control freak.

Sem o espaço que eu costumava ter precisei me acostumar a ver as coisas amontoadas e conseguir fazer sentido disso. Talvez por essa razão me seja tão difícil ver as pessoas que já vieram limpar a minha casa exercitar o que para elas é um ritual de ordenação: socar todos os objetos em gavetas.

Já achei, por exemplo, o carregador de celular dentro do meu armário do banheiro. Quem guardou achou que estava fazendo o mais lógico em se tratando de arrumação, mas para mim pode ser trágico precisar procurar por um item do qual eu dependo tanto.

Compartimentos não são tão práticos assim, podem acreditar. Acabei de achar um frasco cheio de colírio no porta-jóias. Eu já tinha comprado outro porque nunca ia lembrar de procurar ali.

O que eu faço pode até parecer bagunça para quem vê, mas não passa do meu próprio repertório TOC funcionando às avessas e ainda assim organizando a minha vida. O chato é que quando a pessoa é paga para funcionar dentro do meu sistema ela acha que precisa adequá-lo ao dela.

Imbuídas todas do desejo de fazer o melhor, o que me deixa mais triste.

Ou talvez seja só o Natal, uma época que sem dúvida vale mais pela chance de a gente se espalhar uns dias ao longo da casa dos nossos pais do que qualquer outra coisa.

A propósito, que personagem de Friends seria você?

Friday, December 21, 2007

Samba do branco doido

Aliás, ninguém me explicou também o enredo da Viradouro.

Sou muito fã das inovações promovidas pelo carnavalesco Paulo Barros e adoro imaginar de onde ele consegue juntar tanta informação num mesmo desfile. Acho que ele sonha de noite com o boneco Chucky e na soneca da tarde com geleiras e pensa: "Hmmm... tá aí um enredo de arrepiar. Só falta o Cartola para arrematar!"

Mas na hora sai tudo lindo. Carros alegóricos comentadíssimos, Juliana Paes lindíssima, gritos de "É campeã!"...para no dia da apuração a Beija-Flor vencer de novo com algum enredo que ninguém entendeu também, apenas cantado em idioma Kanguelê.

Mas lá na quadra, em memorável reencontro com certa periguete semi-gringa-ex-blogueira, quem mandava ver no samba era outra grande celebridade virtual. Acho que viciou.

Meu palpite? Hmm...Unidos da Tijuca na cabeça em 2008. Em 2009, a Cris num abre-alas desenhado pelo Paulo Barros para algum enredo de inspiração wittgensteiniana. Ou virginiana.

Trânsito muito louco

Aos locais, algumas dúvidas.

Parece que a quantidade de veículos quadruplicou no Rio de Janeiro. Quando foi mesmo que a gente virou São Paulo? E em que momento mesmo duas da tarde virou início do horário de rush? E quem decidiu que todo mundo tem de querer ir exatamente para o mesmo lugar que eu? Por que ninguém avisou que viramos São Paulo?

São tantas horas trancada no carro que já estou com a maioria dos sambas de enredo 2008 na ponta da língua. E eu só tenho o CD há uma semana.

Bad hair YEAR

O mormacinho que anda fazendo nesses dias chuvosos me fez desenterrar meus predendores de cabelos aposentados após a radical mudança de look do verão passado. Primeiro foi embora a lisice e em seguida o corte joãozinho à Claudia Abreu em Anos Rebeldes que tanto me fez sofrer.

Os cachinhos voltaram mais rápido do que o cumprimento porque, vocês sabem, cabelo só cresce rápido mesmo para fazer com qe o corte se perca. Mas se, ao contrário, você sofre de um grave dilema capilar ele vem mais devagar do que Martinho da Vila.

E já que o papo tá nesse nível...por que as unhas precisam crescer tão rápido? E por que as manicures relutam tanto em cortá-las ao passo que os cabeleireiros adoram tosar madeixas?

Tá, a culpa é de 2007.

Thursday, December 20, 2007

Não é mais um besteirol americano

Tal qual vazado ainda na semana de estréia do programa, Mariana Velho foi confirmada ontem vencedora do Brazil's next top model. Um amor de menina, mas bem menos bonita que as outras finalistas. Esse narizinho plastificado-arrebitado me irritava profundamente. E só eu vejo olhos de peixe morto e um corpinho meio esquisito?

Mari foi uma candidata humilde que conseguia fazer sentido dos comentários desparatados e contraditórios dos jurados. Foi uma vitória previsível...e boring. Nada do que tenha sido dito, por exemplo, sobre a Mariana Richard, não se aplica ao percurso da vencedora, que , para mim, também tirou fotos iguais o tempo todo. Apenas menos bonitas que as da outra Mariana.

Na reta final, quem curtiu mesmo o reality show, não teve como resistir à meiguice e a obstinação da segunda colocada, Ana Paula Bertola, de longe o rosto mais comercial da competição. Eu adoro histórias de superação, mas é no resultado profissional que se via muito do mérito dessa menina, cuja vitória teria sido o justo fecho de ouro que tornaria o programa, além de extremamente divertido, também surpreendente.

A Lívia, que eu cansava de dizer que era mantida na competição apenas como personagem acabou terminando o concurso como vencedora moral. É a pessoa de quem a gente talvez ainda ouça falar. Nos desafios do celular e do absorvente, ela mostrou que tem mais carisma e potencial do que necessita uma vã fotografia.

Wednesday, December 19, 2007

West Side story

Não bastasse a peculiar feiúra característica dos municípios da Baixada Fluminense, minha cidade foi também atacada por políticos esforçados em fazer aparecer - esteticamente - o dinheiro da refinaria, que pelo jeito anda sobrando.

Mas não tem aquela coisa de mulher pobre que quando se arruma só parece ainda mais feia? Pode se vestir de diamante e Chanel da cabeça aos pés que a cara batatuda sempre denuncia a origem. Pensem em Kelly Clarkson e Lucielle di Camargo. O fato é que a pobreza também pode ser bonita desde que não queira se fantasiar de outra coisa.

Com Duque de Caxias acontece igual. A elefante branco assinado por Niemeyer apenas acentua o tom cinza do em torno, provocando um efeito visual estranho, triste e opaco. A perfeita tradução da Belíndia.

Tem também uma decoração de Natal que torna a noite clara como o dia e que depende , para evitar atos de vandalismo, de patrulha policial 24 horas por dia.

E eu já contei várias vezes aqui de como uma sala de aula administrada por esse mesmo município permaneceu até o último dia letivo sem porta e sem ventilador. Porque não há verba.

E eu nem vou começar a falar nos capacitadores pagos a preço de ouro para melhorar a performance dos professores porque parece bem claro aos donos do poder que é esse o grande problema da educação local.

Eu confesso que penso pouco essas questões porque eu costumava me proteger de muita coisa aqui na região mais nobre (???) da cidade - há dois minutos da Linha Vermelha - porque raramento piso do outro lado da linha do trem . Mas o reality check, como de costume , veio na forma de uma canetada do poder público.

Fecharam quatro turmas na minha escola e eu me tornei uma professora excedente. Passei os últimos dias correndo atrás de um novo lugar para trabalhar em função de uma mudança que sequer foi escolha minha. E eu fui parar doladodelá , no coração da Belíndia , onde a periferia urbana não se disfarça mais daquela gostosa caracterísitica rural que faz com que os alunos nos levem, de quando em quando, frutas frescas colhidas do quintal.

E as turmas de 35 alunos passarão a atender 50. Deve ser sugestão dos tais capacitadores, que adoram falar em "socialização do educando" como importantíssimo "componente atitudinal".

Primos daquela gente que afirma que a hedionda decoração de Natal "eleva a auto estima da população".

"Voodoo é pra jacu" (meme)

A Bella cansou de ser mera observadora do estado letárgico em que este blog se abandona ( antes era excesso de trabalho, agora é excesso de vida própria) e me pôs a trabalhar deixando um dever de casa lá no canto dela.

Não acredito que desenhos precisem ser educativos ou passar grandes mensagens. Tem gente ruim que cresceu vendo Ursinho Pooh e criança tem muito mais capacidade de discernimento do que se possa imaginar e gosta de brincar de dar porrada desde que o mundo é mundo.
Eu acho que assistir Malhação pode ser muito mais danoso, mas não é esse o assunto aqui.
Como pessoa malvada e sem coração que sou, é lógico que meu herói é o Pica-pau. Às vezes eu queria ser trapaceira e desalmada como ele, sabem? Mas isso é papo emo...fica para outro post também.

A idéia aqui é lembrar os melhores bordões ( "E lá vamos nós!", "Cem mil dólares...mansões...iates...mulheres...", "Em todos esses anos nessa indústria vital...", "Chamando doutor Hans Chucrute!"e tantos outros mais) e os mesmos enredos milhões de vezes vistos e narrados por aquela fabulosa voz da dublagem do SBT.
Pra quem quiser matar as saudades, meu top 5 tem link pro You-tube:
Agora eu passo a batata quente para outros cinco blogueiros: Fabiana ( por será que eu pensei nela primeiro?), Galega, Renato, Fernando ( levanta essa poeira, divo!) e Marion.
A tarefa é simples. Basta falar algo sobre desenhos animados e postar alguma coisa sobre o seu favorito.

Thursday, December 13, 2007

Aberta oficialmente a temporada de caça ao tapete vermelho

Saiu hoje a lista dos indicados ao Globo de Ouro.

Pelos motivos mais desparatados a minha torcida vai para No country for old men, duas vezes para Cate Blanchet ( alguém duvida que ela sai de estatueta na mão e no topo da lista das mais bem vestidas?), John Travolta , Michael C. Hall, Minnie Driver, Viggo Mortensen, John C. Reily, Rachel Grifiths, 30 Rock, Tina Fey, Steve Carrell e Kevin Dillon.

Apostas são bem-vindas na caixa de comentários.

Dia 13 de Janeiro a gente volta com para conferir os vencedores e gongar as montações.

It's a date!

Acabô-ô-ô-ô

Eu ia começar falando de como a queda desse imposto indecente é um presente de Natal bacana , mas esse P na sigla me lembra de como ele nasceu provisório e foi ficando e nos esfaqueando ao longo de anos. É muito mais revolta pelo quanto já perdi do que alívio pelo que deixarei de perder.

É que tem ainda o IR, que pesa na hora em que eu desisto de um novo emprego para não passar a pagar para trabalhar. E eu nem estou só falando de deixar de contribuir e aquecer a economia do país. Trata-se de sonhos e de projetos pessoais que só podem se concretizar se eu receber off the record porque é desumano entregar a essa classe política um terço do dinheiro que eu faço com tanto sacrifício.

Dá vontade de viver exclusivamente na informalidade.

Veneza mode ON

Carregar no nome uma corrente fluvial não podia mesmo ficar barato para a minha terra. A relação com a água parece ter selado irreversivelmente o destino da cidade.

A foto aí em cima, a propósito, é da enchente de 1966.

Já naquela época algum brilhante homem público deve ter achado que a eminência de fortes chuvas de verão somadas ao já caótico movimento pré-natalino congregassem o perfeito cenário para o esburacamento da cidade em obras de gosto e necessidade duvidosos.

A defesa civil diz que devemos contribuir ficando em casa. Deixe a sua vida para depois do temporal porque o Rio de Janeiro vai continuar lindo.
Garantido, já que nada mesmo muda por aqui.

Glasnost para quem quiser, quem vier

A Carrie e a Bella tomaram a iniciativa mas , no melhor estilo the more the merrier, o novo blog tem tudo para emplacar as mais variadas e frutíferas discussões literárias.

A roda de leitura foi inaugurada em grande estilo e já conta com pitaqueiros de cacife. Uma grande feito em se tratando de Tolstói.

Fica com vergonha, não...passa lá que as meninas vão sempre te receber com um café fresco e biscoitos amanteigados.

Bem...acho que a minha imaginação já começou a tecer enredos. Ou talvez seja só a vodca.

Medo dos russos? Você pode ter mais em comum com eles do que pode imaginar. Faça o teste enquanto eu faço uma boquinha.


That`s my soul up there

Eu geralmente sou uma pessoa de palavra e em condições normais teria mesmo voltado aqui com os top 100 melhores momentos do show do Police, mas a correria me impediu, a história foi ficando velha e a discussão foi mudando de foco.

Tô muito de cara com a galerinha que tenta promover a gongação do espetáculo dizendo que tava desanimado ou que a banda não tinha mesmo cacife para um evento tão grande. Teve resmungaria até aqui na minha caixa de comentários, imaginem a ousadia!

Eu dou muito valor ao meu rico dinheirinho e não pagaria uma fortuna para acompanhar uma banda que eu menos do que idolatrasse. Eu cantei quase todas as músicas executadas...e eram bem mais do que apenas dois sucessos, como tem quem queira dizer.

Acho que só aprendi mais Inglês com os Beatles, mas foram as letras do Sting, naquele jeitinho de se expressar ao mesmo tempo com bom humor e com elegância, que me ensinaram a entender ironias e metáforas em língua estrangeira.

Foi lindo curtir Don`t stand so close to me ao lado do meu amigo professor, me lembrar da minha fase deprimida com King of pain, e cantar mais alto que o Sting em Every breath you take porque são canções que fizeram mais do que apenas minha educação sentimental.

E eu nem levo música à sério.

Wednesday, December 12, 2007

Sunday, December 09, 2007

Sending out an SOS

Assim que eu me recuperar dos pulos e do metrô lotado eu volto para contar coisas do show.

Por agora, apenas um apelo: Sting, casa comigo!

Friday, December 07, 2007

Tá bom. Eu cheiro, eu aperto.

E lá se foi a última relação estável e duradoura da minha vida: a que eu mantinha com o Comfort.
Pensando em mais do que mil e uma utilidades...e desejando a todos um ótimo fim-de-semana.
Ao som do The Police, é claro!

Me convidaram pra esta festa pobre...

Vocês conhecem bem a minha política de silêncio em salão de beleza, mas ontem eu meio que fui encurralada por uma cabeleireira que pretendia conseguir para o filho uma vaga na escola em que eu trabalho.

Eu tentava explicar a ela que os dias de matrícula já estavam definidos e que ela apenas precisava se dirigir à escola munida de documentação para firmar a inscrição, mas ela insistia na garantia do meu apadrinhamento, totalmente desnecessário no caso.

-Você vai dar uma força, né?

Para evitar o comprometimento de um dos poucos processos realmente democratizados nesse país - o acesso à escola pública fundamental - acabei revelando que não estaria na mesma unidade em 2008 e função da diminuição de turmas no segundo seguimento, o que acabou me tornando uma professora excedente que passaria as festas provavelmente procurando eu própria lugar para trabalhar.

Aí quem se meteu na conversa foi aquela moça, a sofrida namorada de F.P. , alto funcionário da prefeitura, deixando bem claro que apenas uma ligação dela me separava da lotação em qualquer escola onde eu desejasse trabalhar.

Eu acho engraçado que eu nem ofereci e nem pedi ajuda e sequer vi qualquer necessidade de fazê-lo, mas parece que a política do pistolão e o hábito de acionar quem possa mexer pauzinhos é sempre a primeira opção para muitos brasileiros. Acho que o descrédito nas instituições é tal que ninguém mais acredita que qualquer trato com a coisa pública ainda possa ainda ser legítimo e imparcial.

O hábito de oferecer e pedir favorecimentos é mesmo um traço inexpugnável de nossa cultura?

Wednesday, December 05, 2007

Fama, poder e riqueza?

Nos primeiros minutos de Doce Lar , quando a personagem de Reese Witherspoon hesita diante do anel de noivado oferecido pelo Mac Dreamy, a gente pensa que não tem como ela conseguir um homem melhor que aquele...até a gente descobrir que o ex-marido é Josh Lucas.

O cantor Belo nos deixa inversamente perplexas. Bem quando pensamos não ser possível a um homem descer mais baixo do que Viviane Araújo ele saca Gracyanne, a quem também jura amor eterno, da cartola.

Essa, aliás, foi a única maneira coerente que encontrei para usar "Gracyanne"e "cartola" na mesma oração. Porque foi meio melancólico vê-la ali no púlpito da bateria dando pulinhos andou-na-prancha à guisa de samba.

A Mangueira era uma das poucas escolas a escolher suas musas e madrinhas dentro da própria comunidade, mas capitulou ano passado com Preta Gil e tal qual Belo, conseguiu descer mais baixo esse ano.

Fico imaginando um enredo de filme de gângster onde o Bello chantageia um dos bambas da escola em troca do mimo para sua mulher...mas a ascenção de Gracyanne - que nunca em sua vida foi coberta por mais do que quinze centímetros de pano - é só mesmo sinal dos tempos.

Mas ela é uma menina bonita, viu? Dois litros de silicone a menos, meio metro de cabelo acima e uns sete tons de bronzeamento abaixo.

A quem pretende jogar a carta da inveja na minha cara, um aviso: as únicas pessoas que eu talvez conquiste com a minha aparência são alunos, que esperam mesmo que todas as professoras sejam feias.

Meus homens eu acho que ganho mais com papo e personalidade, coisas que só tendem a melhorar com o tempo.

Já os atributos das Gracyannes...

Tuesday, December 04, 2007


BARRADA?


"Poxa, Helen, convida aê..."

Tuesday, November 27, 2007

Vida de novela


Quem escreve o meu enredo é Gilberto Braga. O da Adelaidinha ( que já está me saindo uma bela periguete da gema) , quem assina é Manoel Carlos.
Mas há qualquer coisa de Carlos Lombardi ( em voz alta, by Narrador da Sessão da Tarde) quando a gente se encontra que não tá no gibi.

Sempre tem pneu furado, acidente de carro, polícia e a dependência da bondade de estranhos. Invariavelmente torsos despidos. Nas regiões mais remotas do Rio de Janeiro.

A sinopse do último sábado, contando com a participação de uma very special guest star, ficou mais ou menos assim:

"Essa gata do barulho está disposta a se envolver nas maiores confusões e virar a cidade de pernas pro ar para quebrar todas no samba!"

Meninos...eu vi! (E as fotos comprovam.)

Friday, November 23, 2007

Elmo, me aguarde!

Eu acho que eu só tenho mais vergonha na vida do meu buço crescido do que da minha marra de conselheira sentimental.

Eu adoro dar pitaco na vida amorosa dos outros, como se eu estivesse acompanhando uma novelinha. Com o aprofundamento da minha leitura da Bíblia, acabei aprimorando os meus dotes ao ponto de ter virado referência para algumas pessoas.

Me tornei capaz de vaticinar o futuro de oito entre dez relacionamentos que analiso. Os dois dos quais I don't even have a clue são os meus próprios, claro.

É que o shidoshi, tal qual um herói Marvel, não pode utilizar seus dons divinos em causa própria ou conseguir através deles qualquer vantagem.

Eu sou igualzinha a Marin Frist de Men In Trees, a epítome do só-me-fodo envolvida naquela atmosfera feel-good que rodeia Elmo, a comunidade idílica do Alasca onde Marin não deixa nenhum problema sem solução, por mais complicado que ele possa parecer de início.

E para onde eu pretendo me mudar no próximo verão.

Para me apropriar de Jack , da casa e do figurino dela.

Self-destruction project

O fim-de-semana não pode mais começar na quinta-feira, gente.
Quinta-feira não pode mais ser um dia em que atolar o pé na jaca seja naturalmente esperado.
"Eu desisto, senhor!"

Thursday, November 22, 2007

I can see clearly now


Eu detesto conversa de salão de beleza e passo mesmo a maior parte do tempo com a cara enfiada nas revistas de fofoca mas hoje tinha uma fulana brigando com o marido pelo celular e só mesmo um barraco ao vivo pode ser melhor do que os de papel e eu fiquei ali ligadinha na conversa fingindo que estava lendo.

Depois de desligar a mulher ficou dando escândalo ali para todo mundo ver, tomando água com açucar dizendo que ia matar, esfolar.

Minha manicure, sem levantar os olhos do serviço, me contextualizou:

-Ela é casada com o F. P. e morre de ciúmes, coitada. Ele é um galinhão.

F., por acaso, é a alcunha pela qual também atende O Homem errado 457. E o papo foi ficando interessante enquanto ela contava de como já tinha namorado um F. durante onze anos, que ele nunca assumiu, que só pode ser mal do nome, que todo F. é safado...

Tá bom. Só o meu tinha que ter escrúpulos e senso de dever, né? O problema é de fato que simplesmente nenhum dos três Fs em questão estava a fim de nós .

O nome de cachorro é um mero detalhe.

So good on paper

Será que essa cor foi realmente uma boa idéia? Estou testando looks que combinem ao mesmo tempo com o meu novo top da Mangueira e com os elásticos do meu aparelho.

Em tese ficou bem melhor do que na prática, mas eu ainda tenho uns dias para me acostumar.

Com essa cor e com as palavras que eu ouvi do rapaz que vou chamar apenas de O Homem Errado 457.

Aparentemente eu sou como esse esmalte: divertida, leve e alegre, mas a vida real pede cores ( e mulheres...) mais sóbrias e confiáveis.

Quando se faz necessário eu sei ser diligente e responsável como o Paris da Risqué, mas mas acho chata a perspectiva em preto-e-braco. Não tem que durar mesmo. Nem em ponta de francesinha.

Wednesday, November 21, 2007

E a TPM nem sempre é má

Às vezes ela desperta certos atributos que passam discretos a maior parte dos dias do mês:

Copyright by Santo Mário

Bons ventos

Será que agora eu vou entender a história? (Ou aquela nota 9,0 em Literatura Inglesa I?)

Pau que nasce torto nunca se endireita?

Numa outra mesa do outro lado da cidade, um compadecido casal gay tentava agenciar um encontro para esta que vos escreve. Um amigo deles, assim, super a ver comigo, sabem?

Papo vai, papo vem, na hora da abordagem definitiva:

- A gente podia marcar com a Andrea...
-Hum...erm...tem que ver com a minha namorada.

É isso aí, respeitável público, tô tomando toco até de homem que não me conhece!!!

Uma postagem emo para ornar com a atual vibe Hiena Hardy geral que parece assolar a blogosfera. Tenho lido os blogs mas nem sempre consigo comentar. Nem no meu próprio canto, em resposta a vocês, para dizer a verdade. Acho que o blogger me odeia. Uénn!
Mas fica o beijo sincero aos que se debatem com teses, dilemas capilares, eliminações injustas no BrNTM, brackets, ressaca e dieta.
Tudo passa, gentchy, é sério... ema ema ema!

Enquanto isso na sala de justiça...

Noite dessas na Lapa me vi encurralada numa situação que poderia ser o sonho de quase toda mulher: eu, uma mesa, e cinco machos sexualmente ativos.

Entre gays ,heterossexuais estragados e o negão lindo estilo deus de ébano - que, lógico, só era legal, mas não tava me dando mole - acabou pintando um clima de competição equanto eles trocavam narrativas de sexo bizarro, um tentando se impôr como mais guerreiro que o outro.

O negão de sorriso de pérola, 22 aninhos, joga no ar mais uma baforada de fumaça e, envolto numa aura de mistério anuncia:

-Eu bati o recorde de todos vocês.

Todo mundo parou para ouvir , já que alguém tinha acabado de compartilhar uma daquelas histórias nojentas envolvendo cheque e dark room.

-Eu transei com uma de 48 anos.

Diante da banalidade eu já tava chamando o garçom para limpar a mesa, mas curiosamente a idade da parceira acabou gerando algum interesse entre os moços:

- Mas ela deve ser muito experiente...era inteirona?

-Nada, amigo. Ela queria mais era que eu ensinasse. Eu acho mesmo que ela só queria saber como é que as pessoas transam agora. Porque no tempo dela...na última vez em que ela deve ter transado...blablabla.

Engoli a cerveja e a conversa a contragosto, ciente da minha situação minoritária e desvantajosa, enquanto o narrador foi saudado como herói corajoso e autor de uma grande caridade por uns cabras a meu ver já muito próximos dos tais 48 anos.

Desceram amargas e em silêncio as duas. Só para que eles continuem a acreditar que as mulheres não falam.

Post hermético 48348754

Deixa, que meu samba
sabe tudo sem você
Não acredito que meu samba
só dependa de você
A dor é minha, em mim doeu
A culpa é sua, o samba é meu
Então não vamos mais brigar
Saudade fez um samba em seu lugar
(Lyra/Bôscoli)

Brincando de atualizar

Eu adoro quando pinta alguém na caixa de comentários pedindo post novo. Me sinto A NECESSÁRIA, sabem?

Fora aquela história de pouco tempo no computador, tem também o excesso de VP e, claro, aquela minha eterna e chatíssima dor de corna ilegítima que eu não aguento mais expôr por aqui - é...invariavelmente naqueles textos "herméticos" - mas o que me ocupa de fato no momento, o que me assoberba de verdade é a correria para fechar diários e resultados às portas do fim do ano.

Quem é professor conhece bem a novembrite, aquela síndrome da falta de tempo que nos assola por essa época e que às vezes aperta o peito de um jeito que faz a gente até pensar que não vai dar conta.

Como muitas vezes não dá conta mesmo.

Se o esgotamento se trocasse pelo menos pela sensação do dever cumprido a fadiga não seria tão cruel e concreta.

Dá pena até dos centavos que a gente gasta na xerox que volta ou em branco ou com expressões singelas como "CV"ou "Arthur, moleke prostituto".

Ou da aluninha fofa que vem entregar a prova segura e satisfeita - "fiz tudinho, professora"- para mostrar que tudo o que ela fez foi simplesmente copiar as perguntas:

Q. Qual a idade de Roberto?
R. Qual a idade de Roberto?

Ou da tinta de caneta gasta na confecção de respostas non-sense para perguntas que eu imaginei estar entregando de graça:

Q. Em que dias da semana Roberto pratica um esporte?
R. Futebol.

É um pouco para vocês não temerem tanto o futuro e um muito para que esse blog não se transforme num mero perolário que é melhor que eu momentaneamente me recolha .

Saturday, November 17, 2007

SPLEEN

Mesmo na prestigiada escola de Inglês onde eu leciono as atitudes dos alunos vêm escandalizando mesmo os colegas mais frios e compreensivos.

Uma gente que paga caríssimo para falar Português em sala de aula só pode mesmo querer ser enganado.

"Ah, eu não falo porque eu não sei" - leia-se "porque você, professor incompetente, não me ensinou" - quando devia de fato estar pensando "Ah, eu não sei porque eu não falo".

A instituição oferece todos os recursos mas o desânimo só aprendeu a dizer "não tem como".

Ou para justificar as faltas, os atrasos e a falta de compromisso: "não tem como, teacher, eu venho direto do plantão".

Ou para exigir condenscendência: "ah, teacher, não tem como rolar uma revisãozinha?"

Sim, sempre no diminutivo. Bandeira de mediocridade, né?

Umas pessoas tão jovens. Acho que o que falta na vida deles é o narrador da Sessão da Tarde, para fazer do enredo mais banal uma sucessão das maiores aventuras e confusões com uma galera do barulho qualquer.

Ou falta só o almoço. Vai entender.

Wednesday, November 14, 2007

They`ll have me suicidal, suicidal, suicidal...


Hoje foi o dia mais engraçado do ano na escola.

Eu tenho uns ataques de polianice de vez em quando que acabam me motivando a agir de acordo com a cartilha dos pedagogos crentes e para a última aula decidi chamar cada aluno individualmente para que pudessemos juntos analisar sua situação ante o fechamento do quarto bimestre.


Pensei não só em engajar o educando no processo de avaliação, mas também em promover inredisciplinaridade, já que o uso da matemática se faria numa situação concreta e de interesse da criança.

No sistema para o qual eu trabalho o aluno é aprovado após conseguir 24 pontos.

A conversa foi assim:

- Você tem onze pontos nos três bimestres. De quanto você precisa para ser aprovado?
- Doze.( sic)
- E como vai conseguir isso?
- Eu tô tranqüilo, eu sei que eu tô entendendo a matéria.


- Você já fez 24.
- E quanto falta, professora?
- ...
- 24?

-Eu tenho 17,5. Agora só falta eu tirar 11, 6.

Uma das pedagogas da casa passou pela minha porta e lançou um meigo olhar de aprovação para a minha atitude.

Ela sempre diz que a gente não olha pro aluno como indivíduo e que entre as crianças desinteressadas muitos devem ser gênios visionários que enxergam para muito além da escola.

Ela adora lembrar que Einstein foi também um aluno desajustado e incompreendido.

As time goes by

A farra com Gabriel me deixou de seqüela uma dor nas costas digna de mudança para um quinto andar em prédio sem elevador.

Não digam que é o peso do notebook ou o preço da noitada de segunda-feira.

Além da inconseqüência, a decadência física é de certo um dos motivos para as pessoas só terem filhos até uma certa idade.

Devia valer o mesmo para essas balzacas sem-noção que ainda insistem em virar madrugada na internet ou rebolando a bunda velha em dia de semana, viu...

Tuesday, November 13, 2007

Devil charm

Quem aí tem visto The Tudors?

A história do rei Henrique VIII e de suas seis esposas sempre me fascinou. Especialmente, lógico, seu relacionamento com Ana Bolena. Chorei litros na Torre de Londres diante do lugar onde ela foi morta.

Me assustei, de início, com o fato de o programa contar com a escalação do belíssimo Jonathan Rhys Meyers para o papel do barrigudão.

Dois problemas aí.

Um é que eu detesto esse ator. Acho muito limitado. Seja na propaganda da Hugo Boss, em Match Point ou na adaptação fofinha de Vanity Fair, ele sempre tem a mesma cara de quem vai me humilhar, espancar ou decaptar.

Outro é que eu sonho toda noite com esse ator. Fantasias ilimitadas. Seja na propaganda da Hugo Boss, em Match Point, ou na adaptação fofinha de Vanity Fair, ele tem sempre a mesma cara de quem vai me humilhar, espancar ou decaptar.

Tentaram me mandar pro rehab

Continuo sem internet no trabalho e forçosamente afastada de minhas obrigações e prazeres bloguísticos, mas tem coisa que a gente precisa parar para contar.

Hoje de manhã foram vinte e oito minutos contadinhos de Gabriel sob a minha inteira responsabilidade.

O braço dói, mas compensa. É o sorriso mais lindo daTerra esse sem motivo aparente e seguido de choro a cem decibéis.

A primeira gorfada a gente nunca esquece , Adelaide! Vai te preparando.

Wednesday, November 07, 2007

Olha, lá vem ela

Eu poderia gastar mais algumas linhas desse blog incensando as séries da HBO ( "It's not TV!") e do Showtime e a incontestável qualidade artística das produções desses canais que , com seus personagens bizarros, disfuncionais e desbocados conseguiram elevar a televisão a um patamar de qualidade comparável ao do cinema de arte mais intelectualizado que se possa imaginar. Séries como The Sopranos, Sex and the city, Weeds, Queer as folk e Six feet under contam já com arsenal de fãs munidos dos mais justos argumentos políticos e estéticos para defendê-las e não precisam mesmo que eu me ocupe delas ou das novatas - e já consagradas- Dexter e The Tudors. Tem mais graça falar do programa que atingiu picos de audiência nos EUA requentando a fórmula do underdog que luta para se virar num ambiente hostil, mais uma fábula de self-made...woman, um tema que não cansa de agradar os mais duros corações ianques há décadas. Para quem é brasileiro e acompanhou a impagável trama colombiana que inspirou o programa americano não tem como entender o sucesso dessa empreitada baseada numa premissa tão ridícula, o que faz de Ugly Betty ( o programa, bem como a personagem título) para nós um patinho feio. Eu também não queria ver, mas acabei me rendendo e divido com vocês as principais razões que fizeram de mim uma fã tão entusiasmada desse seriado:
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* Em primeiro lugar, o dinamismo da narrativa. Ugly Betty assume o melhor de sua origem nos capítulos que sempre terminam com um super gancho para o próximo episódio e explora de forma escrachada todos os clichês da telenovela: os amores impossíveis, a ambição cega, as disputas de poder e , claro, os indispensáveis erros de pessoa.
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* A cenografia vibrante também é um atrativo. Como o principal cenário é uma revista de moda, é de se esperar que os figurinos deslumbrantes cheguem muitas vezes a quase nos cegar. Mas é justamente da mobília modernosa - e na forma como a personagem-título acaba interagindo com ela - que surgem as situações cômicas mais inesperadas.
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* É o programa mais gay da história. Tem bee para todo gosto: adolê, fashionista, transex e até aquela que acaba discriminada por não saber dar pinta. Justin, o sobrinho biba da Betty, é a coisa mais fofa desse mundo encenando Hairspray no metrô de Nova York.
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* Vilões, vilões e mais vilões! Liderada pelo chicote Prada de Whilemina Slater (uma irretocável composição de Vanessa Williams, quem diria!) a gente ruim dessa série é hilária, exagerada e ...humana às vezes, como bem cabe ao primetime edificante-groselha da ABC. Meus preferidos são a divertidíssima dupla de paga-paus Marc e Amanda, de longe protagonistas das melhores tiradas maléficas contra a nossa heroína inadequada.
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* Ah...e mais essas coisas aí que encantam os americanos também. Betty Suarez é antes de tudo uma cucaracha do Queens que não se rende à pressão do novo meio para se tornar mais magra ou passar a trajar tons pastéis. E isso é encantador e admirável, queiram ou não. Especialmente num mundo em que as pessoas estão cada dia mais iguais as outras.
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A estréia é hoje, na Sony, às 20 h. Juntinho com o igualmente imperdível Brazil`s next top model. Confiram!

Tuesday, November 06, 2007

It`s a big enough umbrella

...mas tá acabando, gente. As de estudante estão contadas. Mexam esses traseiros gordos!

(Adelaide, Cris & Polim, Marion & Wally, Leo, Layla, Zema, Aline, Banana, já se decidiram?)

A dama da aglomeração

Sabe essas noites que você sai caminhando sozinho, de madrugada, com a mão no bolso?

Mentira. A história não começa assim.

Começa com uma blogueira outrora compulsiva atribuindo o sumiço o fato de não ter mais acessado a internet do trabalho, onde as horas ociosas costumavam ser mortas à base de até cinco posts consecutivos.

Instaurado o tédio, a saída sempre é propôr um incremento no lanchinho da tarde. "Eu vou, podeixar."

A intenção por trás da boa vontade era chegar ao estádio do Maracanã sem levantar grandes suspeitas para a já de muito adiada compra do ingresso para o show do Police. Um pequeno desvio no caminho da padaria.

Só faltou combinar com a chuva, que caia torrencialmente ao encontro da primeira vaga disponível para estacionamento imediato. E não é que se via bem dali a bilheteria...e uma fila enorme?

- Aqui é só Flamengo e Grêmio. The Police é lá na bilheteria 2.

Boa notícia: perguntei antes de entrar na fila.

Má notícia: The Police na bilheteria 2, eu na bilheteria 882, mais ou menos.

E a chuva apertando.

-Tá indo pra onde? Ah, deixa eu te levar...

É, eu também pensei que fosse assalto, mas era só mais um torcedor do Flamengo portando um guarda-chuva e o sorriso mais gentil do planeta.

Nem bem quatro da tarde e eu ali beijando pra caramba enquanto esperava a minha vez de pagar.

Eu não tenho certeza se ele se chama Diego ou Diogo ou se ele faz Direito ou Economia, mas de uma coisa eu não posso esquecer: se um momento perfeito substitui o que se anunciava como uma enorme chateação, eu só posso mesmo ser uma pessoa muito legal.

E que agora estabeleceu como meta para 2014 - além de saber o final de LOST - chegar à Copa do Brasil ainda podendo fazer uma pegaçãozinha básica em estádio. International.

Ok, dizem uns que eu também posso estar casada e/ou com filhos e catando mesmo só piolho de cabeça de menino.

Mas com um considerável repertório de tardes bizarras para lembrar se um dia o placar vier a piscar game over.

Friday, November 02, 2007

Peço pra sair?


Acordei com o toque do celular e quando eu abri não reconheci a foto definida como papel de parede. Não sei onde ela foi tirada , mal conheço as pessoas que nela aparecem e muito menos me lembro de em que momento - e nem porque achei uma boa idéia - mudar a minha foto histórica.
Eu nunca tenho amnésia alcóolica. Foi o espírito do Alexandre. De novo.
COMO FAS///

Thursday, November 01, 2007

Go Brazilian: no bush!

Ai gente, cansaço ao ponto de dormir durante a sessão de depilação. Virilha cavada. E nem é a primeira vez.

Nesse finde, mais forasteiros na cidade. O cafofo da Batalha vai acabar virando uma daquelas atrações de onde se sai com uma camiseta que diz "Meu irmão esteve no quarto da Andrea e tudo o que eu ganhei foi um preservativo usado."

Mas tentarei aparecer para contar das lindas crianças que, diante do ventilador quebrado me olham com fúria:

- É...mas a professora tá sempre de roupa nova, parece uma modelo. Pra isso tem dinheiro.

Eu não consegui ter raiva por causa da parte da modelo.

Me achei tanto que hoje, na hora de sair não sabia se vestia saia para mostrar minhas lindas pernas ou calça para valorizar minha bunda boa.

Então tá assim aqui. Bom feriadão aí!

Sunday, October 28, 2007

Frevo no samba

A Galega, minha ostrinha preferida, está na cidade já pela décima vez, mas ela tem ainda alguma dificuldade para se localizar em meio a nossa dificílima geografia.

Diante do presídio da Água Santa ela pergunta, olhinhos apavorados: "É Bangu?"

Passando por qualquer dos milhões de túneis: "É o Rebouças?"

Ah, mas na Mangueira ela bem que soube, digamos, acenar com a sombrinha para o lado certo.

Uma fanfarrona que não pode ver um homem de preto: "É do BOPE?"

O Fernando já explicou dez mil vezes que o Capitão Nascimento é um personagem ficcional, mas a cabecinha loura resiste em registrar a informação.