Saturday, December 29, 2007
Em busca do Santo Graal
Nem nas andanças medievais que o Wally conta os cavaleiros sofreram tanto. Imaginem que um carro aos 41 graus deve ter um pouco o mesmo efeito de uma armadura sob os sol. Ah, tinha esquecido, eles pelejavam na fresca Europa!
Mas a relíquia vale à pena. Tô pensando em iniciar uma campanha para fazer a Canecuda voltar a blogar. E também para ganhar uma daquelas maquininhas de servir choppe gelado.
Choppe estranho com gente esquisita
Wednesday, December 26, 2007
Convenção de geeks
Eu adoro.
Well, well, well...
É impressão minha ou os bebês antigamente demoravam mais a sorrir, falar e cantar? Ou o meu sobrinho é mesmo um gênio?
Eu tenho uma lembrança muito forte da minha mãe grávida do meu irmão e não tinha esse negócio de chamar a criança pelo nome, por exemplo. Só depois que saía da barriga. Hoje em dia os pequenos recebem estínulos tão remotos que já vêm ao mundo cheios de personalidade. E de manha, no sentido malandrístico e não bebezístico da palavra.
E fora que no tempo em que os filhos vinham em série os pais não tinham mesmo tempo para observar e comemorar cada gracinha.
O que não tira o mérito do nosso menino. Sim, ele é super precoce.
Cenas de um encerramento
É...a vida chegou mesmo, eu acho. E a busca desenfreada por diversão e prazeres acaba sendo mesmo movida por uma irracional sensação de fim de festa, que vem justamente do entendimento da finitude das pessoas e da efemeridade de todas as coisas.
Vamos dançar enquanto ainda há música pois algumas coisas realmente não mudam.
Conselho de classe:
-Ah, mas ele já tem 14 anos. O que mais uma reprovação vai fazer por ele agora? Quem vai abrir...Inglês?
-Eu não. Esse moleque jogou um pedaço de reboco na professora de história e me chamou de filha da puta.
-Mas o que a gente tá julgando aqui é o rendimento dele?
-Ele não teve rendimento.
-E que estratégias você usou para tentar recuperá-lo?
-Essa então só passou em Educação Física?
-Ela é analfabeta.
-Mas como ela chegou até a sétima série?
Véspera da festa da firma:
-Será que vai ficar mesmo esse tempo chuvoso?
-Que merda... assim a fulana não vai pôr biquini.
No shopping:
-Professoraaaaaaaaaaa!
-(...)
-Eu passei?
Sunday, December 23, 2007
Complexo de Monica Geller
Sem o espaço que eu costumava ter precisei me acostumar a ver as coisas amontoadas e conseguir fazer sentido disso. Talvez por essa razão me seja tão difícil ver as pessoas que já vieram limpar a minha casa exercitar o que para elas é um ritual de ordenação: socar todos os objetos em gavetas.
Já achei, por exemplo, o carregador de celular dentro do meu armário do banheiro. Quem guardou achou que estava fazendo o mais lógico em se tratando de arrumação, mas para mim pode ser trágico precisar procurar por um item do qual eu dependo tanto.
Compartimentos não são tão práticos assim, podem acreditar. Acabei de achar um frasco cheio de colírio no porta-jóias. Eu já tinha comprado outro porque nunca ia lembrar de procurar ali.
O que eu faço pode até parecer bagunça para quem vê, mas não passa do meu próprio repertório TOC funcionando às avessas e ainda assim organizando a minha vida. O chato é que quando a pessoa é paga para funcionar dentro do meu sistema ela acha que precisa adequá-lo ao dela.
Imbuídas todas do desejo de fazer o melhor, o que me deixa mais triste.
Ou talvez seja só o Natal, uma época que sem dúvida vale mais pela chance de a gente se espalhar uns dias ao longo da casa dos nossos pais do que qualquer outra coisa.
A propósito, que personagem de Friends seria você?
Saturday, December 22, 2007
Tales of mere existence
E mais:
Subtext ; Procrastination ;How to break up ; I have to get ready ; Horny ; Conversation ; How I found out about girls ; I'm not going to think about her ; A typical conversation with my mom ; Never visit yout girlfriend at work ; How to cope with depression ; Pickle.
(Dica da Carol Junior.)
Friday, December 21, 2007
Samba do branco doido
Sou muito fã das inovações promovidas pelo carnavalesco Paulo Barros e adoro imaginar de onde ele consegue juntar tanta informação num mesmo desfile. Acho que ele sonha de noite com o boneco Chucky e na soneca da tarde com geleiras e pensa: "Hmmm... tá aí um enredo de arrepiar. Só falta o Cartola para arrematar!"
Mas na hora sai tudo lindo. Carros alegóricos comentadíssimos, Juliana Paes lindíssima, gritos de "É campeã!"...para no dia da apuração a Beija-Flor vencer de novo com algum enredo que ninguém entendeu também, apenas cantado em idioma Kanguelê.
Mas lá na quadra, em memorável reencontro com certa periguete semi-gringa-ex-blogueira, quem mandava ver no samba era outra grande celebridade virtual. Acho que viciou.
Meu palpite? Hmm...Unidos da Tijuca na cabeça em 2008. Em 2009, a Cris num abre-alas desenhado pelo Paulo Barros para algum enredo de inspiração wittgensteiniana. Ou virginiana.
Trânsito muito louco
Parece que a quantidade de veículos quadruplicou no Rio de Janeiro. Quando foi mesmo que a gente virou São Paulo? E em que momento mesmo duas da tarde virou início do horário de rush? E quem decidiu que todo mundo tem de querer ir exatamente para o mesmo lugar que eu? Por que ninguém avisou que viramos São Paulo?
São tantas horas trancada no carro que já estou com a maioria dos sambas de enredo 2008 na ponta da língua. E eu só tenho o CD há uma semana.
Bad hair YEAR
Os cachinhos voltaram mais rápido do que o cumprimento porque, vocês sabem, cabelo só cresce rápido mesmo para fazer com qe o corte se perca. Mas se, ao contrário, você sofre de um grave dilema capilar ele vem mais devagar do que Martinho da Vila.
E já que o papo tá nesse nível...por que as unhas precisam crescer tão rápido? E por que as manicures relutam tanto em cortá-las ao passo que os cabeleireiros adoram tosar madeixas?
Tá, a culpa é de 2007.
Thursday, December 20, 2007
Não é mais um besteirol americano
Mari foi uma candidata humilde que conseguia fazer sentido dos comentários desparatados e contraditórios dos jurados. Foi uma vitória previsível...e boring. Nada do que tenha sido dito, por exemplo, sobre a Mariana Richard, não se aplica ao percurso da vencedora, que , para mim, também tirou fotos iguais o tempo todo. Apenas menos bonitas que as da outra Mariana.
Na reta final, quem curtiu mesmo o reality show, não teve como resistir à meiguice e a obstinação da segunda colocada, Ana Paula Bertola, de longe o rosto mais comercial da competição. Eu adoro histórias de superação, mas é no resultado profissional que se via muito do mérito dessa menina, cuja vitória teria sido o justo fecho de ouro que tornaria o programa, além de extremamente divertido, também surpreendente.
A Lívia, que eu cansava de dizer que era mantida na competição apenas como personagem acabou terminando o concurso como vencedora moral. É a pessoa de quem a gente talvez ainda ouça falar. Nos desafios do celular e do absorvente, ela mostrou que tem mais carisma e potencial do que necessita uma vã fotografia.
Wednesday, December 19, 2007
West Side story
Mas não tem aquela coisa de mulher pobre que quando se arruma só parece ainda mais feia? Pode se vestir de diamante e Chanel da cabeça aos pés que a cara batatuda sempre denuncia a origem. Pensem em Kelly Clarkson e Lucielle di Camargo. O fato é que a pobreza também pode ser bonita desde que não queira se fantasiar de outra coisa.
Com Duque de Caxias acontece igual. A elefante branco assinado por Niemeyer apenas acentua o tom cinza do em torno, provocando um efeito visual estranho, triste e opaco. A perfeita tradução da Belíndia.
Tem também uma decoração de Natal que torna a noite clara como o dia e que depende , para evitar atos de vandalismo, de patrulha policial 24 horas por dia.
E eu já contei várias vezes aqui de como uma sala de aula administrada por esse mesmo município permaneceu até o último dia letivo sem porta e sem ventilador. Porque não há verba.
E eu nem vou começar a falar nos capacitadores pagos a preço de ouro para melhorar a performance dos professores porque parece bem claro aos donos do poder que é esse o grande problema da educação local.
Eu confesso que penso pouco essas questões porque eu costumava me proteger de muita coisa aqui na região mais nobre (???) da cidade - há dois minutos da Linha Vermelha - porque raramento piso do outro lado da linha do trem . Mas o reality check, como de costume , veio na forma de uma canetada do poder público.
Fecharam quatro turmas na minha escola e eu me tornei uma professora excedente. Passei os últimos dias correndo atrás de um novo lugar para trabalhar em função de uma mudança que sequer foi escolha minha. E eu fui parar doladodelá , no coração da Belíndia , onde a periferia urbana não se disfarça mais daquela gostosa caracterísitica rural que faz com que os alunos nos levem, de quando em quando, frutas frescas colhidas do quintal.
E as turmas de 35 alunos passarão a atender 50. Deve ser sugestão dos tais capacitadores, que adoram falar em "socialização do educando" como importantíssimo "componente atitudinal".
Primos daquela gente que afirma que a hedionda decoração de Natal "eleva a auto estima da população".
"Voodoo é pra jacu" (meme)
Thursday, December 13, 2007
Aberta oficialmente a temporada de caça ao tapete vermelho
Pelos motivos mais desparatados a minha torcida vai para No country for old men, duas vezes para Cate Blanchet ( alguém duvida que ela sai de estatueta na mão e no topo da lista das mais bem vestidas?), John Travolta , Michael C. Hall, Minnie Driver, Viggo Mortensen, John C. Reily, Rachel Grifiths, 30 Rock, Tina Fey, Steve Carrell e Kevin Dillon.
Apostas são bem-vindas na caixa de comentários.
It's a date!
Acabô-ô-ô-ô
É que tem ainda o IR, que pesa na hora em que eu desisto de um novo emprego para não passar a pagar para trabalhar. E eu nem estou só falando de deixar de contribuir e aquecer a economia do país. Trata-se de sonhos e de projetos pessoais que só podem se concretizar se eu receber off the record porque é desumano entregar a essa classe política um terço do dinheiro que eu faço com tanto sacrifício.
Dá vontade de viver exclusivamente na informalidade.
Veneza mode ON
A foto aí em cima, a propósito, é da enchente de 1966.
Já naquela época algum brilhante homem público deve ter achado que a eminência de fortes chuvas de verão somadas ao já caótico movimento pré-natalino congregassem o perfeito cenário para o esburacamento da cidade em obras de gosto e necessidade duvidosos.
A defesa civil diz que devemos contribuir ficando em casa. Deixe a sua vida para depois do temporal porque o Rio de Janeiro vai continuar lindo.
Glasnost para quem quiser, quem vier
A roda de leitura foi inaugurada em grande estilo e já conta com pitaqueiros de cacife. Uma grande feito em se tratando de Tolstói.
Fica com vergonha, não...passa lá que as meninas vão sempre te receber com um café fresco e biscoitos amanteigados.
Bem...acho que a minha imaginação já começou a tecer enredos. Ou talvez seja só a vodca.
Medo dos russos? Você pode ter mais em comum com eles do que pode imaginar. Faça o teste enquanto eu faço uma boquinha.
That`s my soul up there
Tô muito de cara com a galerinha que tenta promover a gongação do espetáculo dizendo que tava desanimado ou que a banda não tinha mesmo cacife para um evento tão grande. Teve resmungaria até aqui na minha caixa de comentários, imaginem a ousadia!
Eu dou muito valor ao meu rico dinheirinho e não pagaria uma fortuna para acompanhar uma banda que eu menos do que idolatrasse. Eu cantei quase todas as músicas executadas...e eram bem mais do que apenas dois sucessos, como tem quem queira dizer.
Acho que só aprendi mais Inglês com os Beatles, mas foram as letras do Sting, naquele jeitinho de se expressar ao mesmo tempo com bom humor e com elegância, que me ensinaram a entender ironias e metáforas em língua estrangeira.
Foi lindo curtir Don`t stand so close to me ao lado do meu amigo professor, me lembrar da minha fase deprimida com King of pain, e cantar mais alto que o Sting em Every breath you take porque são canções que fizeram mais do que apenas minha educação sentimental.
E eu nem levo música à sério.
Wednesday, December 12, 2007
Sunday, December 09, 2007
Sending out an SOS
Friday, December 07, 2007
Tá bom. Eu cheiro, eu aperto.
Me convidaram pra esta festa pobre...
Eu tentava explicar a ela que os dias de matrícula já estavam definidos e que ela apenas precisava se dirigir à escola munida de documentação para firmar a inscrição, mas ela insistia na garantia do meu apadrinhamento, totalmente desnecessário no caso.
-Você vai dar uma força, né?
Para evitar o comprometimento de um dos poucos processos realmente democratizados nesse país - o acesso à escola pública fundamental - acabei revelando que não estaria na mesma unidade em 2008 e função da diminuição de turmas no segundo seguimento, o que acabou me tornando uma professora excedente que passaria as festas provavelmente procurando eu própria lugar para trabalhar.
Aí quem se meteu na conversa foi aquela moça, a sofrida namorada de F.P. , alto funcionário da prefeitura, deixando bem claro que apenas uma ligação dela me separava da lotação em qualquer escola onde eu desejasse trabalhar.
Eu acho engraçado que eu nem ofereci e nem pedi ajuda e sequer vi qualquer necessidade de fazê-lo, mas parece que a política do pistolão e o hábito de acionar quem possa mexer pauzinhos é sempre a primeira opção para muitos brasileiros. Acho que o descrédito nas instituições é tal que ninguém mais acredita que qualquer trato com a coisa pública ainda possa ainda ser legítimo e imparcial.
O hábito de oferecer e pedir favorecimentos é mesmo um traço inexpugnável de nossa cultura?
Wednesday, December 05, 2007
Fama, poder e riqueza?
O cantor Belo nos deixa inversamente perplexas. Bem quando pensamos não ser possível a um homem descer mais baixo do que Viviane Araújo ele saca Gracyanne, a quem também jura amor eterno, da cartola.
Essa, aliás, foi a única maneira coerente que encontrei para usar "Gracyanne"e "cartola" na mesma oração. Porque foi meio melancólico vê-la ali no púlpito da bateria dando pulinhos andou-na-prancha à guisa de samba.
A Mangueira era uma das poucas escolas a escolher suas musas e madrinhas dentro da própria comunidade, mas capitulou ano passado com Preta Gil e tal qual Belo, conseguiu descer mais baixo esse ano.
Fico imaginando um enredo de filme de gângster onde o Bello chantageia um dos bambas da escola em troca do mimo para sua mulher...mas a ascenção de Gracyanne - que nunca em sua vida foi coberta por mais do que quinze centímetros de pano - é só mesmo sinal dos tempos.
Mas ela é uma menina bonita, viu? Dois litros de silicone a menos, meio metro de cabelo acima e uns sete tons de bronzeamento abaixo.
A quem pretende jogar a carta da inveja na minha cara, um aviso: as únicas pessoas que eu talvez conquiste com a minha aparência são alunos, que esperam mesmo que todas as professoras sejam feias.
Meus homens eu acho que ganho mais com papo e personalidade, coisas que só tendem a melhorar com o tempo.
Já os atributos das Gracyannes...
Tuesday, December 04, 2007
Tuesday, November 27, 2007
Vida de novela
Friday, November 23, 2007
Elmo, me aguarde!
Eu adoro dar pitaco na vida amorosa dos outros, como se eu estivesse acompanhando uma novelinha. Com o aprofundamento da minha leitura da Bíblia, acabei aprimorando os meus dotes ao ponto de ter virado referência para algumas pessoas.
Me tornei capaz de vaticinar o futuro de oito entre dez relacionamentos que analiso. Os dois dos quais I don't even have a clue são os meus próprios, claro.
É que o shidoshi, tal qual um herói Marvel, não pode utilizar seus dons divinos em causa própria ou conseguir através deles qualquer vantagem.
Eu sou igualzinha a Marin Frist de Men In Trees, a epítome do só-me-fodo envolvida naquela atmosfera feel-good que rodeia Elmo, a comunidade idílica do Alasca onde Marin não deixa nenhum problema sem solução, por mais complicado que ele possa parecer de início.
E para onde eu pretendo me mudar no próximo verão.
Para me apropriar de Jack , da casa e do figurino dela.
Self-destruction project
Thursday, November 22, 2007
I can see clearly now
So good on paper
Em tese ficou bem melhor do que na prática, mas eu ainda tenho uns dias para me acostumar.
Com essa cor e com as palavras que eu ouvi do rapaz que vou chamar apenas de O Homem Errado 457.
Aparentemente eu sou como esse esmalte: divertida, leve e alegre, mas a vida real pede cores ( e mulheres...) mais sóbrias e confiáveis.
Quando se faz necessário eu sei ser diligente e responsável como o Paris da Risqué, mas mas acho chata a perspectiva em preto-e-braco. Não tem que durar mesmo. Nem em ponta de francesinha.
Wednesday, November 21, 2007
E a TPM nem sempre é má
Copyright by Santo Mário
Pau que nasce torto nunca se endireita?
Papo vai, papo vem, na hora da abordagem definitiva:
- A gente podia marcar com a Andrea...
-Hum...erm...tem que ver com a minha namorada.
É isso aí, respeitável público, tô tomando toco até de homem que não me conhece!!!
Uma postagem emo para ornar com a atual vibe Hiena Hardy geral que parece assolar a blogosfera. Tenho lido os blogs mas nem sempre consigo comentar. Nem no meu próprio canto, em resposta a vocês, para dizer a verdade. Acho que o blogger me odeia. Uénn!
Mas fica o beijo sincero aos que se debatem com teses, dilemas capilares, eliminações injustas no BrNTM, brackets, ressaca e dieta.
Tudo passa, gentchy, é sério... ema ema ema!
Enquanto isso na sala de justiça...
Post hermético 48348754
Brincando de atualizar
Fora aquela história de pouco tempo no computador, tem também o excesso de VP e, claro, aquela minha eterna e chatíssima dor de corna ilegítima que eu não aguento mais expôr por aqui - é...invariavelmente naqueles textos "herméticos" - mas o que me ocupa de fato no momento, o que me assoberba de verdade é a correria para fechar diários e resultados às portas do fim do ano.
Quem é professor conhece bem a novembrite, aquela síndrome da falta de tempo que nos assola por essa época e que às vezes aperta o peito de um jeito que faz a gente até pensar que não vai dar conta.
Como muitas vezes não dá conta mesmo.
Se o esgotamento se trocasse pelo menos pela sensação do dever cumprido a fadiga não seria tão cruel e concreta.
Dá pena até dos centavos que a gente gasta na xerox que volta ou em branco ou com expressões singelas como "CV"ou "Arthur, moleke prostituto".
Ou da aluninha fofa que vem entregar a prova segura e satisfeita - "fiz tudinho, professora"- para mostrar que tudo o que ela fez foi simplesmente copiar as perguntas:
Q. Qual a idade de Roberto?
R. Qual a idade de Roberto?
Ou da tinta de caneta gasta na confecção de respostas non-sense para perguntas que eu imaginei estar entregando de graça:
Q. Em que dias da semana Roberto pratica um esporte?
R. Futebol.
É um pouco para vocês não temerem tanto o futuro e um muito para que esse blog não se transforme num mero perolário que é melhor que eu momentaneamente me recolha .
Saturday, November 17, 2007
SPLEEN
Uma gente que paga caríssimo para falar Português em sala de aula só pode mesmo querer ser enganado.
"Ah, eu não falo porque eu não sei" - leia-se "porque você, professor incompetente, não me ensinou" - quando devia de fato estar pensando "Ah, eu não sei porque eu não falo".
A instituição oferece todos os recursos mas o desânimo só aprendeu a dizer "não tem como".
Ou para justificar as faltas, os atrasos e a falta de compromisso: "não tem como, teacher, eu venho direto do plantão".
Ou para exigir condenscendência: "ah, teacher, não tem como rolar uma revisãozinha?"
Sim, sempre no diminutivo. Bandeira de mediocridade, né?
Umas pessoas tão jovens. Acho que o que falta na vida deles é o narrador da Sessão da Tarde, para fazer do enredo mais banal uma sucessão das maiores aventuras e confusões com uma galera do barulho qualquer.
Ou falta só o almoço. Vai entender.
Wednesday, November 14, 2007
They`ll have me suicidal, suicidal, suicidal...
As time goes by
Não digam que é o peso do notebook ou o preço da noitada de segunda-feira.
Além da inconseqüência, a decadência física é de certo um dos motivos para as pessoas só terem filhos até uma certa idade.
Devia valer o mesmo para essas balzacas sem-noção que ainda insistem em virar madrugada na internet ou rebolando a bunda velha em dia de semana, viu...
Tuesday, November 13, 2007
Devil charm
A história do rei Henrique VIII e de suas seis esposas sempre me fascinou. Especialmente, lógico, seu relacionamento com Ana Bolena. Chorei litros na Torre de Londres diante do lugar onde ela foi morta.
Me assustei, de início, com o fato de o programa contar com a escalação do belíssimo Jonathan Rhys Meyers para o papel do barrigudão.
Dois problemas aí.
Um é que eu detesto esse ator. Acho muito limitado. Seja na propaganda da Hugo Boss, em Match Point ou na adaptação fofinha de Vanity Fair, ele sempre tem a mesma cara de quem vai me humilhar, espancar ou decaptar.
Outro é que eu sonho toda noite com esse ator. Fantasias ilimitadas. Seja na propaganda da Hugo Boss, em Match Point, ou na adaptação fofinha de Vanity Fair, ele tem sempre a mesma cara de quem vai me humilhar, espancar ou decaptar.
Tentaram me mandar pro rehab
Hoje de manhã foram vinte e oito minutos contadinhos de Gabriel sob a minha inteira responsabilidade.
O braço dói, mas compensa. É o sorriso mais lindo daTerra esse sem motivo aparente e seguido de choro a cem decibéis.
A primeira gorfada a gente nunca esquece , Adelaide! Vai te preparando.
Wednesday, November 07, 2007
Olha, lá vem ela
Tuesday, November 06, 2007
It`s a big enough umbrella
A dama da aglomeração
Mentira. A história não começa assim.
Começa com uma blogueira outrora compulsiva atribuindo o sumiço o fato de não ter mais acessado a internet do trabalho, onde as horas ociosas costumavam ser mortas à base de até cinco posts consecutivos.
Instaurado o tédio, a saída sempre é propôr um incremento no lanchinho da tarde. "Eu vou, podeixar."
A intenção por trás da boa vontade era chegar ao estádio do Maracanã sem levantar grandes suspeitas para a já de muito adiada compra do ingresso para o show do Police. Um pequeno desvio no caminho da padaria.
Só faltou combinar com a chuva, que caia torrencialmente ao encontro da primeira vaga disponível para estacionamento imediato. E não é que se via bem dali a bilheteria...e uma fila enorme?
- Aqui é só Flamengo e Grêmio. The Police é lá na bilheteria 2.
Boa notícia: perguntei antes de entrar na fila.
Má notícia: The Police na bilheteria 2, eu na bilheteria 882, mais ou menos.
E a chuva apertando.
-Tá indo pra onde? Ah, deixa eu te levar...
É, eu também pensei que fosse assalto, mas era só mais um torcedor do Flamengo portando um guarda-chuva e o sorriso mais gentil do planeta.
Nem bem quatro da tarde e eu ali beijando pra caramba enquanto esperava a minha vez de pagar.
Eu não tenho certeza se ele se chama Diego ou Diogo ou se ele faz Direito ou Economia, mas de uma coisa eu não posso esquecer: se um momento perfeito substitui o que se anunciava como uma enorme chateação, eu só posso mesmo ser uma pessoa muito legal.
E que agora estabeleceu como meta para 2014 - além de saber o final de LOST - chegar à Copa do Brasil ainda podendo fazer uma pegaçãozinha básica em estádio. International.
Ok, dizem uns que eu também posso estar casada e/ou com filhos e catando mesmo só piolho de cabeça de menino.
Mas com um considerável repertório de tardes bizarras para lembrar se um dia o placar vier a piscar game over.
Friday, November 02, 2007
Peço pra sair?
Thursday, November 01, 2007
Go Brazilian: no bush!
Nesse finde, mais forasteiros na cidade. O cafofo da Batalha vai acabar virando uma daquelas atrações de onde se sai com uma camiseta que diz "Meu irmão esteve no quarto da Andrea e tudo o que eu ganhei foi um preservativo usado."
Mas tentarei aparecer para contar das lindas crianças que, diante do ventilador quebrado me olham com fúria:
- É...mas a professora tá sempre de roupa nova, parece uma modelo. Pra isso tem dinheiro.
Eu não consegui ter raiva por causa da parte da modelo.
Me achei tanto que hoje, na hora de sair não sabia se vestia saia para mostrar minhas lindas pernas ou calça para valorizar minha bunda boa.
Então tá assim aqui. Bom feriadão aí!
Sunday, October 28, 2007
Frevo no samba
Diante do presídio da Água Santa ela pergunta, olhinhos apavorados: "É Bangu?"
Passando por qualquer dos milhões de túneis: "É o Rebouças?"
Ah, mas na Mangueira ela bem que soube, digamos, acenar com a sombrinha para o lado certo.
Uma fanfarrona que não pode ver um homem de preto: "É do BOPE?"
O Fernando já explicou dez mil vezes que o Capitão Nascimento é um personagem ficcional, mas a cabecinha loura resiste em registrar a informação.