Monday, July 23, 2007

Não se espante, cante

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Tem umas conversas em que a gente se envolve de maneira descompromissada só para sair dela com um gafanhoto atrás da orelha, repensando atitudes de vida que já estavam mais do que estabelecidas e aceitas.

Eu abri mão da confrontação ainda com pouco mais de vinte anos de idade. Depois que eu comecei a trabalhar passei a brigar ainda menos.

Não que eu seja tolerante. Sou bem crítica e impaciente até. Mas eu tenho preguiça de argumentar se for para convencer alguém do que quer que seja.

Um amigo vaticinou: "Teu jeito vaselina há de ser tua ruína."

Aparentemente eu estou construindo um patamar exagerado de civilidade que vai me vetar, num futuro não muito distante, qualquer atitude justamente treloucada e insana diante dos fatos mais revoltantes da vida.

É que a desilusão até pode ser reconfortante e levar à resignação, mas a gente só se desilude quando entende as coisas. E pra isso a gente precisa de espaço.

E pra conseguir espaço às vezes é preciso gritar e ser enérgica.

E se isso não é usual você acaba construíndo uma fama de histérica bem mais consistende do que a daquela gente que grita todo dia.

8 comments:

Anonymous said...

"É que a desilusão até pode ser reconfortante e levar à resignação, mas a gente só se desilude quando entende as coisas. E pra isso a gente precisa de espaço."

espaço é sempre bom. mas eu não consigo gritar! um dia vou ser como vc, juro.
:-)

Anonymous said...

*clap*clap*clap*

me dá um autógrafo? ;)

Andrea said...

ai, garotas...

Marion said...

Andrea, eu também tenho preguiça de encarar um confronto. Muitas vezes finjo que sigo em frente. Mas tem hora que dá para ficar quieta e aí encaro o confronto que for...

Sabe, hoje só me levanto a voz com o que realmente importa.
Beijos

Andrea said...

E "para QUEM" importa né, Marion?

fabiana said...

Putz, é verdade! Rola um: 'nossa, pq voc6e ficou histérica desse jeito?'

Odeio ser essa pessoa compreensiva e esse meu jeito 'nem aí pro que você pensa', que eu tenho!

Anonymous said...

É diferente ser vaselina e ser diplomática.
Agora imagine ao contrário, se o seu normal fosse ser a "histérica"? Quando você não gritasse você estaria sob efeito de drogas?

Fê Guimarães said...

Sou completamente vaselina e quer saber? Tô nem aí! Graças a isso consegui chegar a esta altura da minha vida sem grandes sustos e com muito menos rugas do que eu imaginaria ter aos quase 37 anos de idade...