Monday, July 02, 2007

Melito, special guest star

O texto que reproduzo abaixo foi enviado por queridíssimo amigo-leitor dando uma canja por essas paragens.

Uma reflexão que ele escolheu dividir com vocês:



A cada dia, a certeza de que o gênero humano deve, o quanto antes, extinguir-se e dar lugar às baratas (ou a Dercy), aprofunda raízes em minhas convicções.
Ao ver casos como o da Barra onde jovens de classe (?) média (??) espancaram uma doméstica que aguardava no ponto por um ônibus tenho a mais pura vergonha de pertencer a essa raça degradada e degradante.
Pior do que saber que esses novos ‘playboys’ (distorcendo completamente o sentido original da palavra que, um dia, adicionava glamour a uma existência hedonista onde os únicos feridos eram alguns egos e órgãos vitais vítimas dos excessos) pregam, ainda que talvez sem sabê-lo, uma luta de classes no sentido não comunitário/panfletário mas no sentido de varrer da sociedade qualquer parte da mesma que não seja de seu círculo ‘ariano’, é saber que seus progenitores ainda tentam maquiar a barbárie com alegações tão estapafúrdias quanto o ato cometido por seus rebentos.
Vide o pai de um dos pequenos animais que disse aos quatro ventos, em cadeia nacional, que seu filho cometera um erro o qual mancharia o nome da família para sempre e que se pudesse o cobriria de pancada.
Tem mais, disse que eles, pais, não poderiam ser culpados por ato tão torpe e que não seria justo manter as ‘crianças’ na prisão, ao lado de criminosos diplomados o que, pela teoria do referido pai, acabaria com a vida deles e tudo por causa de uma bobagem (sic).
Oras, quer dizer que seu filho sai distribuindo porrada e a culpa não é sua? Quem, afinal, educou a besta-fera? Somos em parte, produtos de uma combinação complexa de genes os quais respondem por nossas características físicas e creio mesmo até de uma parte de nossos comportamentos e personalidade mas, não posso deixar de notar que boa parte do que somos também advém do meio onde vivemos.
Assim, dizer que os pais não têm culpa pelo comportamento incontrolável dos filhos é, no mínimo, ingenuidade. Que tipo de criação foi aplicada a essas criaturas? Que tipo de idéia lhes foi enfiada mente abaixo para que achem que podem tudo, que a vida é deles e de ninguém mais?
Essa questão é mais profunda do que posso abordar aqui, vai pelos excessos liberados por pais impotentes e crentes de que a liberdade deve ser irrestrita. É melhor não impor limites para não criar adultos confusos e recalcados mas sim monstros devoradores de liberdade ignorantes de que liberdade e libertinagem são coisas diametralmente opostas.
Não coloca-los na cadeia? Porque não? Qual a diferença entre eles e os ‘criminosos de carreira’? Não digo que se deva chegar a extremos como prender que rouba um pão impelido pela fome mas esses delinqüentes que hoje espancam pessoas comuns, se tiverem suas falhas relevadas, farão o que amanhã? Tráfico? Tornar-se-ão profissionais egressos de faculdades de elite e aptos a exercer suas profissões como exerceram sua ‘liberdade’ no passado? Ou irão para o Congresso?
O pai ‘desabafando’ deu claro exemplo de como estou certo, a lei deve ser aplicada a todos de maneira imparcial menos, é claro, aos filhos dourados do sol. Mais um pouco e quem vai presa é a doméstica por estar no lugar e hora errados afinal aquele era o ‘pedaço’ deles.
Vamos além, por ele, o certo seria cobrir o filho de porrada ou seja, vamos remendar o erro com outro por cima. Com uma boa funilaria ninguém vai perceber a casca grossa que se cria por baixo desse verniz de agressões e voltamos ao quesito educação que descrevi acima.
Mais uma: se espancar alguém gratuitamente é uma bobagem, é preciso rever urgentemente o conceito dessa palavra.
Mas creio que o pior seja a justificativa dos jovens animais para a agressão. Segundo eles, só cobriram a pobre de pancada pois julgaram que a mesma fosse uma puta.
Ah! Entendi! Puta pode bater a vontade né?

13 comments:

Ana said...

Falou quase tudo.

Na minha opinião, só faltou dizer que eles merecem um espancamento em praça pública, junto com muitos outros.

Volta à Lei de Tabelião já!

Olha...e se eu pudesse entrar na sua vida... said...

cara, essas coisas me deixam com nojo, vontade de mandar tudo tomate-cru!

Wans said...

Semana passada, vendo o noticiário percebemos o quão acabado o mundo está. Sério mesmo, era notícia ruim atrás de notícia ruim. É no Rio, em SP, no interior, em Minas...em tudo o que é lugar. Estamos perdidos!

Anonymous said...

Fiquei com preguiça de ler... alguém pode resumir pra mim kkkkkkkk

Vivien Morgato : said...

ótimo, ótimo texto.
Tudo foi chocante, mas a 'justificativa" dos garotos-danoninho e a fala do pai foi o corolário da imbecilidade.

anouska said...

porra, dei de cara com essa barata e nem quis ler o texto. tira essa nojeira daí, andréa!!!!!

Galega said...

Fiquei com preguiça de ler... alguém pode resumir pra mim [2]

Anonymous said...

Essa foto de barata ja estava aqui antes? ecaaaaaaaa

San Lee said...

Muito boa a reflexão!!!
Que porra de mundo é esse, onde um bando de vagabundos vitaminados se acham no direito de bater numa pessoa no ponto de ônibus???Fazendo coro à Ana.. Volte a lei de Talião!!!
E aquele pai???
É até natural que o rebento daquele indivíduo seja essa besta-fera solta por aí...

Anonymous said...

não acho que seu blog seja um apunhado de abobrinhas, seus textos são ótimos, muito divertidos e trazem muitas reflexões de novelas e cotidiano. gosto muito. beijos, pedrita

Fê Guimarães said...

Melo, como sempre, muito coeso e muito justo. Nada a acrescentar, falou tudo.

Anonymous said...

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Anonymous said...

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