Friday, August 31, 2007
Um minuto de silêncio
Alguém me explica o que aconteceu no Papel Pobre?
Se for mesmo verdade, R.I.P., Katy!
Que nota triste em pleno Blog Day...
Achei cheque.
INVENÇÕES
2. A roda
Tuesday, August 28, 2007
Pega um, pega geral, também vai pegar você!
É muito difícil determinar o que para mim faz um bom filme, já que entre meus títulos preferidos, vocês sabem, figuram em par de igualdade Dirty Dancing e O Poderoso Chefão II.
Eu não costumo me preocupar de forma particular com a ideologia ou com a suposta qualidade artística do filme. Eu gosto mesmo é de me divertir, seja rindo, seja chorando.
Também acabo escolhendo meus filmes como forma de fazer parte de determinada comunidade que compartilha as mesmas referências. Foi só para entender as piadas que eu aguentei ver todo O Senhor dos Anéis até o final. Meio que só para não ficar por fora.
Acho que o mesmo sentimento motiva as pessoas a se estapearem na feira livre pela última cópia de Tropa de Elite, longa de José Padilha , diretor do genial documentário Ônibus 174, sua primeira parceria com o ex-capitão da PM Rodrigo Pimentel, com quem assina o roteiro do filme que pretende mostrar - em narrativa supostamente ficcional - as mazelas internas do sistema policial e os principais problemas da segurança pública no Rio de Janeiro.
A presença de um egresso do Batalhão de Operações Especiais , a tropa de elite do título, entre os escritores de uma certa forma redime o filme da falta de isenção, o que talvez pudesse se tornar seu maior pecado. O roteiro assume claramente o ponto de vista do BOPE e se não nos leva a esperar outra coisa, isso acaba sendo legítimo. Igualmente necessária, a violência explícita pode desagradar aos estômagos mais sensíveis ou mesmo emprestar ao filme certa aura sensacionalista. Mas não é mesmo chocando que se constroem os melhores argumentos de tese?
O fato é que desde o primeiro acorde do funk proibidão que embala a seqüência inicial, eu simplesmente não consegui desgrudar da poltrona por mais que a minha vivência em favelas tenha mais do que me familiarizado com as maiores barbaridades exibidas em cena. O treinamento para o BOPE, inclusive. Mas a ação surpreende a cada quadro não importa o quanto já se conheça sobre os eventos contados. O enredo introduzido in media res é um primor de narrativa.
Padilha, todo humilde, afirma ter trocado o documentário pela forma ficcional só para proteger identidades. Eu acho que ele optou por outro gênero simplesmente pela certeza de que conseguiria , desta forma, efeitos dramáticos ainda mais contundentes.
O jeito como o filme caiu no gosto do povo sem divulgação ou propaganda é a prova cabal disso.
Mesmo quem sofre a opressão sistemática das incursões do Caveirão, pelo jeito, apóia e prestigia o BOPE.
Ou talvez eles só apóiem e prestigiem mesmo o Wagner Moura, que de fato nos presenteia com uma caracterização impecável. Aliás, a direção de atores no filme é espetacular. Todos falam e agem como as pessoas que pretendem retratar, sem exageros ou maneirismos.
O curioso é que o filme atinge mesmo quem consegue ler suas artimanhas e pretensões de ser definitivo. Por mais que tenham engendrado uma história sobre uma guerra particular, a do Rio, bom cinema de atores e montagem frenética são coisas que se aprecia em qualquer língua e a gente acaba se vendo diante da vibração mais universal do cinema: a impossibilidade de respirar!
Se o filme é bom não sei, só sei que gostei.
A propósito, aos de fora do Rio, um alerta: o filme narra fatos que supostamente aconteceram há dez anos. A consciência do próprio direito cresceu muito nas comunidades carentes e é cada vez mais difícil ver mesmo a bandidagem achincalhada daquele jeito.
Dizem que em função da distribuição pirata em larga escala é possível que os produtores recortem o filme e até que mudem o final. Mas quem viu essa versão viu o verdadeiro director's cut. Eu tenho certeza de que o que mudarem para o cinema vai ficar bacana também. Trata-se de gente que sabe muito bem o que faz e me admira muito que essa cópia tenha vazado assim tão fácil.
Há quem aposte em jogada de marketing. Intencional ou não, trata-se da mais bem sucedida estratégia viral da História. Vai ficar de fora?
Sunday, August 26, 2007
Quem quiser pode chegar
O quão antipática pode se tornar uma pessoa que simplesmente não consegue se locomover sem carro?
Pois eis que me dispus a chegar à casa de mamãe de coletivo e após duas horas de espera fiquei sabendo que o ônibus que eu precisava pegar mudou de nome.
Eu fiquei umas duas horas no ponto culpando o ENEM pela demora.
É que eu não me estresso mais mesmo com nada.
Fiquei ali debaixo do sol escaldante vendo a Feira de Caxias acontecer diante de meus olhos, nariz, ouvido e coração.
É que, além de ter crescido na cidade, eu sou paraibinha de pé rachado e aquele sinestético mercado popular já foi, assim, um momento alto da minha semana.
Meu pai sempre foi um homem muito justo e levava um domingo a mim e no outro minha irmã.
Depois que o meu irmão cresceu só ele era convidado, lógico.
Os cheiros e os sabores foram me buscar lá na parada do ônibus.
Tripa de porco, tapioca, pastel, ribana, forró, Roberto Carlos, milho, pimenta.
Tudo ainda muito familiar mesmo depois de tanto tempo.
Sumiram os bichos vivos e eu acho que por isso meu pai - que já foi um homem de gaiola na mão, Ana! - foi perdendo o interesse.
Para compôr o clima eu não podia deixar a feira sem levar o DVD pirata de Tropa de Elite.
O menino que escreve aqui já tinha cantado a pedra: trata-se simplesmente do maior fenômeno de distribuição pirata na história do cinema brasileiro.
Na aula de ontem, perguntados sobre o último filme que tinham visto, mais da metade dos meus alunos recomendaram a fita - prevista para chegar aos cinemas apenas no fim do ano - cheios de entusiasmo.
Consumidores de pirataria revoltadíssimos com a PM corrupta e com as patricinhas esclarecidas que financiam o tráfico.
É tão bom saber que as pessoas não perderam totalmente a capacidade de se indignar...rá!
Alerta de novo trânsito astrológico
Lua Cheia, Andrea! Um dos fenômenos astronômicos mais bonitos que nos é permitido ver sem dificuldade, quando a Lua reflete a luz do astro-rei. E, neste momento que vai de 26/08 (hoje) às 19h15 a 28/08 às 22h21 , a oposição entre Sol e Lua atua sobre suas casas 10 e 4. A grande contradição aqui diz respeito ao fato de você estar numa fase emocional mais recolhida, low profile, que dura apenas alguns dias, mas ao mesmo tempo sua vontade te convoca para agir mais no âmbito profissional. Como lidar com esta contradição? Não é difícil, se você entender que o momento envolve dedicação profissional, mas que mesmo assim você não deve perder de foco as suas necessidades familiares e emocionais.
Personare assina eu eu acho válido!
Friday, August 24, 2007
Em busca do macho-gamma
Na maioria das vezes parece só que se você escolheu um time, deve fechar com ele e defendê-lo cegamente até a morte.
Penso em dois colegas de trabalho com quem costumo discutir esse bobajada homem-mulher e chorar meus relacionamentos falidos.
O primeiro se orgulha da própria macheza como se houvesse algum mérito em ser meramente portador de um pênis. Mas há alguma doçura na forma em que se recusa terminantemente a dividir a conta no bar e explanar suas inseguranças. Ele diz que é fruto da criação tradicional que recebeu e que simplesmente não consegue pensar nos gêneros como pares. Para eles, é dever do homem prover e proteger. A mulher só precisa ser submissa e ter bunda grande.
O outro se define como um homem do terceiro milênio: lava louça, cozinha, chora, discute a relação e ouve a namorada em todas as questões. Nem esquenta a cabeça se a mulher ganha dez vezes mais do que ele. Tudo se resume , em seu conveniente ponto de vista, a uma evolução natural da qual o antenadíssimo macho beta não pode ficar de fora.
Eu fico cá pensando com meus botões, talvez pregados por um homem,no quanto as mulheres que sempre almejaram uma posição, digamos, mais alfa nas relações, têm mesmo para comemorar.
Minha ex-analista dizia que muitas de nós não encontram um par justamente por isso. Se já tá tão difícil conseguir um homem qualquer o que dizer então de um que ganhe mais do que você?
Aparentemente, até o sucesso trabalha contra a mulher, restringindo radicalmente suas opções a não ser que ela ceda ao talvez fofíssimo homem-beta.
Bom, eu já estive lá, e não foi só uma vez. Posso falar por experiência própria. Nunca vi homem que chora prestar. Me desculpem. Ele pode existir, mas eu não conheço. E se eu conhecer eu acho que vou brochar de qualquer forma.
Mesmo entendendo que a maioria dos papéis desempenhados por homens e mulheres ao longo da História foram culturalmente construídos não sei até que ponto podemos nos livrar do peso dessa carga.
Para mim, seria meio como abandonar algumas práticas de higiene, igualmente adquiridas através dos meus antepassados.
Mas nem por isso a gente precisa gastar uma linha sequer para falar de como o macho-alfa também se tornou obsoleto.
Talvez esteja faltando mexer um pouco a receita para acretar o ponto do meio-termo.
Será que é muita ousadia sonhar com um homem 100% heterossexual ( minha ex-analista também dizia que isso não existe...) que não seja tão óbvio em suas atitudes ou uma aberração oriunda da patrulha politicamente correta que veta espontaneidade a todo e qualquer ser humano?
Ou é só mesmo coisa de mulher essa mania de estar eternamente insatisfeita?
Ao menos os sapatos eu sempre encontro no meu número e na cor que eu quero.
Wednesday, August 22, 2007
Gigante pela própria natureza
Assim vai ficar difícil desconstruir a fama de mal-resolvida, mas se o dever me chama, estou a postos.
Não cabe aqui, pelo característico teor do conjunto da obra, uma explicação como-se-eu-tivesse-três-anos-de-idade, mas tentarei, como pediu a minha amiga, ao menos exemplificar de maneira didática:
Alguém já viu algum homem checando o telefone de dois em dois minutos com cara decepcionada de "Por que ela não ligou"?
Ao contrário disso, quantas vezes você já ouviu de seus amigos HT pérolas na linha "Comi muito" e "Dei canseira"?
Mesmo quando um cara elogia aquela transa em que a mulher fez só o básico, o que ele tá fazendo na verdade é se afirmar como bom de cama.
Talvez por isso tenha se tornado tão fácil seguirmos pela vida fingindo orgasmos.
Não se trata de uma mentira, mas apenas de não contrariar uma suposição tirada sabe lá Deus de onde.
Friday, August 17, 2007
Aqui nesse mundinho fechado ela é incrível
Wednesday, August 15, 2007
Receita para se fazer uma Taís
A Paula disse que é fácil: bota, calça justa, maquiagem carregada, escova lisona, braceletes, brincos longos, bolsas grandes, sotaque araixxxxtado e outros balangandãs.
Pro Fernando, ovulações em P&B
Minhas cinco estrelas
Saturday, August 11, 2007
Sou só do papai
Coincidência ou não, todos os homens com que eu venho perdendo meu tempo nesse mês de agosto são papais orgulhosos de criancinhas que eles juram ser umas gracinhas.
Já eu nem lembro mais do tempo em que meu vellho pai via ainda algum resquício de fofura em mim.
Ele acha que eu virei uma adulta chata e intolerante e ainda se ufana de meu antigo namorado botafoguense.
Aparentemente, apenas isso faz um bom partido em Magé.
Talvez eu tenha herdado um pouco desse coração grande.
Dá até medo da próxima safra temática.
Aos interessados aviso de antemão que só aceito currículos de ex-clientes do sistema prisional, ok?
Friday, August 10, 2007
BLIND DATE
É que só agora a ficha caiu de que você não se recorda bem da cara do sujeito!
É bem provável que em algum lugar de Niterói alguém também esteja se torturando com os mesmos questionamentos.
Me passa um lexotan, rápido. Não, uma neosaldina.
Eu já nem me lembro quanto tempo faz...
Thursday, August 09, 2007
O Orkut faz por você
Semana 5 - somem os scraps.
Semana 6 - reaparece o marital status: solteiro.
Semana 7- apenas um scrap na página. Um trecho de música bem melosa e oferecida, tipo Se você quiser eu vou te dar um amor/ desses de cinema...
Semana 8- volta à semana 1, apenas com fotos diferentes.
E assim, um homem vai dizendo ao mundo que a mulher da sua vida muda de dois em dois meses.
Nada condenável. Feia mesmo é a atitude desse moço fofoqueiro, o tal do Orkut.
Wednesday, August 08, 2007
Momento Magnólia: tá chovendo sapo!!!
Se por um lado a gente perde o pneu do carro, por outro a gente ganha beijos, toques, passeios, telefonemas, palavras fofas e palavras safadeeeeeenhas também.
Dizem que os doentes terminais sempre passam por uma melhora um pouco antes de morrer e conseguem até ficar lúcidos e se despedir da família.
Bom... às vésperas do meu aniversário, não tem como não calcular quanto tempo de aparência aprazível o futuro ainda me reserva.
Temo que a boa maré seja uma espécie de melhora da morte por aqui também.
Ah, eu sou assim mesmo, vocês sabem. Eu simplesmente não sei ver só o lado bom das coisas.
Tuesday, August 07, 2007
COTA?
Jordan Knight, sim, muito digno e super válido!
Foi só eu falar nos caras ontem para saber hoje que assim como as Spice Girls, os New Kids on the Block também estão de volta.
Na verdade, talvez apenas a Fabi compreenda meu semi-entusiasmo.
Sim, é pelo Jordan. Aquele que não conseguiu ser Justin Timberlake e que virou, em carreira solo, uma one-hit-wonder de segunda linha.
Mas que hit!
Abstraiam a cara de padeiro e admitam que se trata de umas das grandes pérolas pops dos últimos dez anos:
Monday, August 06, 2007
FAIRY tale
Menina: Oi, você é gay ou é hétero?
Menino: Ah, depende do momento.
Menina: Nesse exato momento você é gay ou é hétero?
Menino: O que vier, eu gosto é de beijar.
Menina: Então me beija.
Viveram felizes para sempre.
É que a música não saiu da minha cabeça o dia todo.
Pra já começar a semana bombando:
Com muita vergonha, baixinho, no ouvido da Fabi: Jordan Knight , pega eu!
Abre-te, Sésamo: new tramps on the block!
Ontem, na saída do shopping, quando eu abri a minha mala me deparei com um buraco no lugar onde deveria estar o meu pneu reserva.
Não sei onde aconteceu, já que eu não vivo para checar detalhes do meu carro, mas não havia sequer um arranhão nele.
Esse amigo que eu citei nunca pára nos mesmos lugares que eu e a única coisa comum entre nossos carros é o fato de serem veículos zero quilômetro, praticamente uma garantia para o vagabundo de que o pneu, que custa fácil R$400, jamais tenha tocado o chão.
Aparentemente a virgindade ainda é um item muito valorizado em meio à malandragem.
Step by step, eles vão fazendo uma graninha boa até que as vítimas só se dêem conta muito tempo depois, sem a menor possibilidade de que sejam descobertos, já que é praticamente impossível precisar onde exatamente a peça foi subtraída.
Fica o alerta para que vocês sempre chequem a mala ao menos naquelas situações em que a gente entrega a chave na mão de manobristas e afins.
Esse é meu quinto carro - e todos , eu disse TODOS, foram objeto de alguma(s) ação(es) criminosa(s) - e com ele estabeleci um novo recorde: prejuízo alto em pouco mais de um mês.
Com vocês , meu triste retrospecto:
Carro 1: Gol bolinha azul - furtado na porta da minha casa, acabou em sinistro.
Carro 2: Palio vermelho - assaltado na porta de casa, reaparecido. Arrombado em seguida na porta de casa de novo. Som levado mais prejuízos com o painel e vidros.
Carro 3: Palio azul - meu primeiro carro zero, comprado em abril e levado num assalto às dez da manhã na porta de uma clínica em agosto do mesmo ano. Sinistro.
Carro 4: Palio vermelho- vidros quebrados duas vezes em tentativas frustradas para levar o som. Uma vez na Lapa e uma vez na Av. Rio Branco.
Carro 5: Palio grafitti - debutou na violência quase que ímediatamente após sair da loja, com a incrível história do pneu roubado da mala sem arrombamento, por mágica...pelos comparsas de Ali Babá.
Saturday, August 04, 2007
CATIGURIA
Portaria, aqui me tens de regresso
Indo:
- A senhora quer ver uns tênis que eu tô vendendo? Coisa boa.
-Ih, deixa pra outra hora, tô atrasada.
Voltando:
- A senhora vai ver os tênis agora?
- É que eu não uso tênis.
-Mas isso é motivo pra não olhar?
- É que eu tô com pressa.
- De novo? Vive correndo. Vai acabar enfartando...nova, nova.
Eu fiquei com medo de verdade.
Alegria de pobre
Ele mora longe, claro. E precisa voltar para casa rápido.
O que gera um conflito tipicamente Jack Bauer: trocentas coisas a serem feitas em 24 horas.
E eu preciso correr porque, com sorte, ainda são mais dois episódios.
Me ressinto de cada minuto que eu preciso passar em companhia de pessoas desnecessárias.
O que não é o caso de nenhum de vocês, para quem eu desejo um excelente fim-de-semana.
Friday, August 03, 2007
PARA GOSTAR DE LER
4. Holden Caulfield c'est moi.
Thursday, August 02, 2007
2000 homens e sempre o mesmo segredo
Wednesday, August 01, 2007
Nem tão longo e tenebroso assim
Meio cheio ou meio vazio?
Hoje, talvez movida pelas revolucionárias lições do livro que eu não li, eu penso que é muito mais o medo de envelhecer que vai minando as nossas energias ao ponto de duas ou três coisas que iam bem começarem a dar errado.
Bem conveniente culpar o Zodíaco.
Minha energia Poliana, no momento, só me permite acreditar que se as coisas não saíram exatamente como eu planejei no passado é porque talvez o plano é que estivesse errado e não o agora.
E que agosto será um mês fabuloso.
Hoje vai passar Dirty Dancing na Sessão da Tarde. Deve ser um sinal.
Chega à noite à cidade um homem que eu imaginava irreversivelmente exilado na Ilha-dos-bons-partidos-perdidos-por-Andrea.
Em remotas eras ele garantiu que ligaria... e ligou agora. É um sinal?