The way we were

No melhor estilo Miranda Hobbes, eu tenho um sério problema com ex-namorados. Não gosto de conviver. Mando para a remota Ilha dos maridos perdidos e assim a pessoa deixa de existir pelo tempo que se fizer necessário. Geralmente para sempre.

Mas o Rio de Janeiro é uma província e parece que todo mundo tá freqüentando sempre os mesmos lugares. Igualzinho a quermesse de bairro.

Bom, eu sei que o cara já tá bem casado e é respeitável chefe de família. Essas coisas que eu faço com os homens...para desfrute de outra, tudo bem. O negócio é se manter sambando sem olhar na direção proibida torcendo para não ser vista/reconhecida por qualquer das partes.

Minha porção mais perversa, no entanto, sempre se põe a perguntar: "será que ele ainda transa do mesmo jeito? E se a gente se encontrasse num canto da quadra, sem ninguém ver, será que rolava um amasso quente?"

Conjecturas que não levam a lugar algum, eu sei. Mas que nos habitam, ainda que apenas por dois segundos.

E hoje, no finalzinho da minha maratona Os Normais, O Rui conta para a Vani que teve uma ereção diante de uma ex-namorada agora feia e gorda. "Memória de pinto", ele diz, alegando que qualquer homem SEMPRE ficará sexualmente excitado diante de uma mulher que ele já comeu não importa o quão baranga ela tenha se largado.

Caiu por terra um dos últimos pilares que sustentavam a minha segurança como mulher. É que eu achava que o fato de os homens com que eu já transei estarem sempre dispostos a repetir a dose se devia única e exclusivamente à minha boa performance na cama e não a um instinto tão básico quanto a lembrança física.

Vidinha, viu.