Wednesday, October 18, 2006

ECLÉTICA, EU?

Sempre tive problemas com essa palavra.
Antes eu não conseguia precisar seu sentido. Confundi durante muito tempo eclético com etílico.

Assim que me apropriei de seu significado me tomei de antipatia por ele, já que eclético às vezes é sinônimo de confuso, escorregadio ou simplesmente chapa branca.

Ser eclético nem é bem coisa de gente que tem medo de se decidir. Afinal de contas, devemos reconhecer que mesmo declarar-se eclético já constitui uma tomada de posição.

No entanto, quem vai negar que o ser eclético não tem lá seu medinho de compromisso ou de, no mínimo, abrir mão de algumas opções?

Mas bem quando a gente acha que pode sair por aí julgando todo mundo e criticando os ecléticos assumidos.... a vida nos dá uma porrada de leve e a gente se dá conta de que a pedra bateu no há muito esquecido telhado de vidro .

Mas é essa própria recordação da ancestral fragilidade que nos faz, de quando em vez, exercitar a tolerância e a humildade perdidas no mar de cinismo que a gente precisa navegar para viver de forma minimamente digna.

Assumo meu momento ao mesmo tempo eclético ( no sentido mais repulsivo e em cima do muro da palavra) e etílico. Daqueles em que a gente soa melhor quando fala pela boca dos outros. E em que a gente se distrai confeccionando uma lista para lá de eclética com as músicas da semana:

1. Bizarre Love Triangle (New Order)
2. Quase nada (Zeca Baleiro)
3. Não quero mais amar a ninguém (Cartola)
4. Fly me to the Moon (Frank Sinatra)
5. Amor de irmão (Barão Vermelho)

*

Juro que não é campanha para desvincularem minha imagem do funk...

13 comments:

Ana said...

Mas que parece, parece.

Olha...e se eu pudesse entrar na sua vida... said...

eu também sou eçlética! e etílica! lalalallalalalalalallalala

e meio surtada em alguns dados dias

xx

Anonymous said...

Eu tb sinto um certo desconforto quando as pessoas dizem que são ecléticas. Parece que elas querem ser descoladas, mas no fundo elas só gostam de um tipo de coisa. Eu em uma coisa sou eclético...no meu tipo de homem. hihihi

Beijos, gordeous!!!

anouska said...

sei lá, achei a tua lista pra lá de normal. eu gosto de bjork e tom zé. tenho cura???

Anonymous said...

"Bizarre Love Triangle", quando eu baixei por acaso e ouvi pelas primeiras vezes, adorei!
Depois gravei em um CD, mas nunca mais consegui ouvir com gosto... Parece que ficou chata, boba, lerda, sem emoção, sei lá...
Engraçado isso.
Mas é uma música legalzinha.

Andrea said...

BLT é uma das músicas mais perfeitas que existe. Pena que seja uma música de dançar (isso faz com que a gente não presete lá muita atenção à letra) e uma canção extremamente banalizada e regravada por aí.

No meu caso é pior porque eu sou fã do New Order pra caramba e fã que é fã sempre tende a desprezar hits desse naipe.

Mas ainda a considero uma das mais completas canções sobre as confusões de uma separação.

Ana said...

Cris é louca, ela não conta.

Ana said...

Ser eclético é coisa de gente aaaaannn-tenada, des-colada... Lembra quem falava isso fazendo coreografia?

Andrea said...

Hahahahahaha...é mesmo, Ana.

Lembro do gesto com as anteninhas e de que era um HOMEM, mas sabe que eu não consigo lembrar QUEM?

Erel Floripa??????

anouska said...

ana tô de mal!!!! humpf!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!

Anonymous said...

Amei o "It's called a Breakup 'cause it's broke". FODA! Como a senhora.

Andrea said...

THIAGO, devo créditos a quem de direito.

Essa foto é a capa americana do novo livro de Greg Beherendt ( o mesmo autor de "ele simplesmente não está afim de você").

Lançamento previsto para dezembro no Brasil, sob o título de "Termina quando acaba"

Anonymous said...

Simples assim?