Feriado...comemore!!!

Talvez tuto tenha acontecido só porque - como em poucas vezes na vida - eu consegui encontrar aquela calça jeans perfeita, aquela que não dá vontade de tirar nunca, aquela que não se conforma em ficar em casa, que faz com que sua portadora se sinta quase irretocável, uma DI-VA!

Tô exagerando não.

Encontrar roupa que caia bem depois dos 30, quando a gente perde aquele super poder de engordar e emagracer nos lugares certos, é quase tão difícil quanto encontrar namorado.

Se for calça jeans é garipagem no mesmo nível de faturar um marido...rico.

Diante do irrefutável poder da calça jeans milagrosa, a fada madrinha das balzaquianas, a gente sai pela rua se sentindo diante de mil possibilidades de uso das mais diferentes varinhas de condão.

Ou simplesmente se sentindo. Intransitivo mesmo.

Juro para vocês...às vezes a gente precisa de muito pouco na vida para ser feliz: acessórios que valorizem sua real beleza, uma luz que te favoreça, margueritas, pão preto e papo non-sense.

Nada disso teria graça, lógico, se a menstruação não tivesse aparecido para gerar aquela característica sensação de bem-estar típica do fim da TPM, durante a qual, sobra até pro santo.

Acho que já são são umas trinta horas ininterruptas de conversas malucas.

Almoços que terminam às nove da noite.

Saidinhas-rapidinhas-para-um-chopinho-só que acabam as sete da manhã.

Mas tá lindo.

Só gente feliz, inteligente e open-minded.

Fornecedores eméritos de material pro blog.

E tem mais.

Não lembro bem em que momento eu me agasalhei primeiro.

Talvez tenha começado pela calça jeans.

Só sei que adorei.

Com o devido perdão aos que pretendiam aproveitar a folga na praia.

E para quem não sabe ainda, meu sobrinho é ho-mem.

O pai afirma categoricamente que o moleque tava de pinto duro durante a sessão de ultrassonografia.

Mais um furador à caminho deste pobre planeta tão carente de palhacinhos guascudos.

Um abençoado ventre genuinamente Batalha reequilibrando o universo e levando alegria às futuras gerações.

E eu não preciso mas responder que tanto-faz.

Pra arrematar, o queridíssimo Rodrigo Santoro, foi indicado a melhor vilão para o MTV Movie Awards.

Sim, no papel de Xerxes. Na hora eu ri, mas agora eu gostei.

O blog acompanhará a premiação de bandeirinha brazuca em punho.

Algum problema?

Sim, dois.

Jack Nicholson em Os Infiltrados e a grande barbada que é Meryl Streep por o Diabo veste Prada.

Se o imponderável acontecer, Rodrigão vai ser , ao menos, o primeiro premiado da História a afirmar de coração: "I haven't even brought a speech...I was an honour just to be nominated among all these people..."

Pô...e Loser Manos separaram. Alguém aí chorou?

U-hu Itaipuaçu!

Nelly Furtado desistiu de ser diva e preferiu faturar milhões em modo cachorra.

A aniversariante do dia trilhou o caminho inverso.

Por mais que esteja hoje convertida ao Evangelho Bola de Neve, célula Itaipu, a gente sabe que ela já protagonizou muitos diálogos como este:



Atualmente ela é mulher direita, fiel e mãe de quatro cangurus.

E coisas do passado, bem como aniversários, são alegres quando lembram novamente às pessoas que se amam.

Preciso mesmo opinar?

- Eu não gosto muito de falar sério aqui, não. De chata já basta a vida e tem bilhões de pessoas omitindo opiniões embasadas e realmente diferenciadas sobre todos os assuntos blogosfera afora...por que logo eu teria de falar sobre o Programa de Desenvolvimento da Educação - o tal PAC da educação?

Não me apetece mexer em questões esgotadas - num espaço gigante, às vezes, com a maior pinta de matéria paga - por todas as formas de mídia, mas acho que, por ser "do ramo" posso oferecer alguns insights à discussão que, curiosamente, quase não conta com a participação de professores quando são eles os mais afetados pela suposta reestruturação da educação brasileira, um plano de metas que tem até 2012 para ser cumprido.

Algumas dessas metas, aliás, são hilárias e até vão bem com o tom sardônico deste espaço.

O Ministério da Edcação prevê, por exemplo, que até o final do ano que vem todas as escolas contarão com energia elétrica para funcionar.(!!!!!!!)

Que até 2010, toda unidade escolar deverá obrigatoriamente oferecer a seu aluno acesso a internet.

Nossa...tecnologia de ponta.

Num futuro não muito distante as populações ribeirinhas terão garatia de transporte até a escola, mesmo que ela esteja a seis horas de sua palafita.

Isso tudo é vendido como uma grande revolução, mas eu gosto mesmo é de quando se fala de docência.

Professor vai ser avaliado e terá seu piso atrelado a critérios de produtividade que levam em consideração a reprovação e a evasão escolar.

Alguém aí sentiu cheiro de aprovação automática?

E no final das contas, a competência em leitura tem de melhorar. É uma vergonha que alunos cheguem analfabetos ao Ensino Médio, alguém disse.

Cabe a nós, professores, motivarmos nossos alunos com aulas criativas e dinâmicas, afinal...o piso prometido até 2001 é de R$ 840, 00 por uma jornada de 40 horas semanais.

Isso até faria muita diferença mesmo em Sertãozinho(PI) ... porém, de todas as metas previstas, essa é curiosamente a única questionada pelos deputados. Os do eixo Norte-Nordeste, em particular, estão preocupadíssimos em saber de onde vai sair o dinheiro para pagar aos professores esse salário de marajá sem que as empobrecidas prefeituras sejam oneradas.

Eu gosto de viver em um país que se preocupa com a educação.

E que invoca Paulo Freire sempre que quer legitimar ações que supostamente vinculem certas medidas às necessidades do aluno.

Coitado do Paulo Freire.

Por causa dele, fica parecendo que aluno só tem necessidade.

Que aluno não é mais sujeito, e sim uma tábula rasa em cima da qual se escreve qualquer coisa.

Aluno não tem obrigação não, gente?

O professor e a escola é que devem prover tudo...até motivação?

No fim, a única coisa que eles aprendem é que não precisam se esforçar.

E sempre que pedem a palavra é para desanuviar dúvidas importantíssmas como as que se seguem:

-Profi, se eu não souber a resposta posso deixar em branco?

-Profi, aqui tá pedindo pra circular, mas eu posso marcar X?

-Profi, pode responder de caneta?

-Profi, são que horas?

-Profi, se você estivesse na ilha de Lost que apelido o Sawyer te daria?

Cabe mesmo a mim opinar sobre tão variadas , importantes e urgentes questões?

Pois então.

Do jeito que James é pentelho...certamente me chamaria de Profi.

Encantos tamanhos

Foi bonita a festa, pá




Fiquei contente

E inda guardo, renitente

Um velho cravo para mim




Já murcharam tua festa, pá




Mas certamente

Esqueceram uma semente

Nalgum canto do jardim






Sei que há léguas a nos separar




Tanto mar, tanto mar















Sei também o quanto é preciso, pá

Navegar, navegar














Canta a primavera, pá

Cá estou carente



Manda novamente

Algum cheirinho de alecrim

São Jorge, por favor, me empresta o dragão!

Até quem não é católico gosta de São Jorge, o guerreiro.

São Jorge é pop.

E me acorda com alvorada de fogos às seis da manhã em um dia que é feriado a apenas vinte quilômetros de onde eu estou trabalhando, mas não na minha escola, de onde, aliás, é de lei uma paradinha para relaxar e planejar a semana na Casa do Alemão da Rio-Petrópolis.

Mas hoje não tinha mesa.

Meu amigo e eu decidimos simplificar o pedido, optando por pratos semi-prontos, para agilizar o processo e a coisa veio mais ou menos nessa ordem:

1) Biscoitos amanteigados para viagem.

2) A sobremesa que deu sede.

3) Porção extra de pão.

4) O refrigerante quente.

5) O croquete ( que devia ser servido quente) e a salada ( que devia ser servida gelada) trazidos à mesa na mesmíssima temperatura.

6) A conta.

7) O gelo para o refrigerante.

Fora o em torno.

Ter filho deve ser mesmo uma experiência ultra-gratificante.

Se não fosse assim por que alguém passaria o feriado de sanduíche de lingüiça na mão correndo atrás de uma criatura de sessenta centímetros que não pára quieta?

E morrendo de rir.

Nâo estava mal-humorada ainda, mas fiquei.

Tudo culpa de São Jorge.

Depois dessa e ter visto Desmond doidão de vinho, falando "escocês" e fantasiado de monge, serei franciscana de carteirinha. Tem coisa mais sexy do que homem de saia?

Mas não vai ser essa a listinha da semana.

Hoje eu mostro ao mundo os meus Jorges preferidos:

1) George Costanza, portador do total connhecimento sobre o sentido da vida.

2) Jorge Furtado, que não tá se importando muito em fazer filme " com a cara do Brasil"

3) George Clooney, pelo senso de humor e pelas posições políticas....(hahahahaha, essa foi boa!)

4) George Michael, porque ele pega no banheiro. Eu respeito muito isso.

5) Jorge Horácio ( sim, o By Night) , porque eu não tenho coragem suficiente de revelar meus sentimentos por Jorginho Guinle e Jorge Kajuru.

Pensando bem...fora isso, o que sobra?

George Lucas é o responsável por Star Wars: chato.

George Harrison, o espiritualisa: Beatle mala. My sweet lord, como era chaaa-to.

E acho bom a gente nem começar a falar de música, néamm? Dá pra fazer uma lista dos dez mais chatos.

É incrível como Jorge é nome de artista que as pessoas medianas-que-se-acham-intelectualizadas adoram fingir gostar: Jorge Versinho, seu Jorge, Jorge Ben Jor, Jorge Aragão, Jorge Mautner... nem tanto contra os artistas em si. Mas é gente que suscita aqueles concursos inconvenientes de quem-sabe-mais-a-letra desses lugares de samba e MPB onde eu adoro dançar.

Juro, não sou um deles.

Existem também polêmicas históricas como George Bush, George Romero e o Grill George Foreman.

Mas é melhor nem começar.

Preciso respeitar o santo padroeiro de Portugal e Inglaterra - países com que eu tenho laços afetivos bastante significativos - e também fazer jus às boas vibrações que uma devota confiou à medalhinha que me deu de presente.

Por via das dúvidas, salve Jorge!

Dress you up: "quem planta sacanagem colhe solidão"

Sábado teve almoço atéeeeeeeee de noite.

Conferência mensal do desfalcadíssimo Sex in Nikity, que contou , no último programa, com a participação de uma very special guest star.

Parafraseando o Gorduchas, você até tira a pessoa de Wittgenstein mas é muito difícil tirar Wittgenstein da pessoa. Tentamos de tudo, ela até se dobrou um pouco, mas ainda não vai agregar à sua tese as revolucionárias reflexões de Latino, grande filósofo da pós-modernidade.

Sem as brilhantes palavras de Amiga D, que está na Europa juntando dinheiro para comprar uma câmera digital e sem os reality checks em série da super sincera Amiga C , o papo acabou girando mesmo em torno do quanto todas as vitrines estavam iguais e visualmente poluídas por essa moda legging que os pândegos estilistas tentam nos impôr.

Já opinaram a Jojo, a Isabelle, as Filhas do Dono, a Mi ...mulheres como eu, que medem menos de um metro e noventa.

O bacana é perceber que mesmo em 1985 o oráculo Madonna já profetizava tendências.

Abstraiam as luvas e o laçarote de Porcina e estejam diante dos tons e das sobreposições de TODAS as coleções Outono-Inverno 2007:

No mais, o episódio foi assim:

O excesso de vida própria de Amiga A começa a destruir seu fígado, seu vocabulário e seu futuro.

Aliás, em se tratando de futuro, Amiga B ainda crê que há de esquecer o próprio nome.

Amiga E iniciou um tórrido romance com o Mr. Big da Região Oceânica, conferindo aos acontecimentos um melancólico ar de season finale.

*

Capítulo especialmente dedicado à moça da patinha quebrada, que hoje vai entender todas as piadas internas.

Corta essa

Quando minhas amigas bees ainda me davam atenção e eu vivia na ferveção com elas, do The Copa ao Star Club a cantada não variava: "Eu sou hétero."

Simples assim.

Eu sei que sou um pouco fácil.

Mas tem coisa que me irrita.

Sexta-feira eu ouvi de dois homens a mesma batidíssima abordagem num intervalo de menos de cinco minutos:

- Adoro mulher de cabelo curto.

Nada além.

Não disseram que eu sou bonita ou que eu danço bem e nem perguntaram meu nome.

Aparentemente eu devia me derreter e dar graças a Deus por existir no mundo algum homem que goste do formato da minha cabeça.

Essa coisa de eles não se esforçarem mais é deveras deprimente.

Me consolo com as palavras de irmão-shidoshi, que sempre dizia: "Só chamo as feias de linda. As bonitas já sabem que são."

Jogo dos dez erros

Muita vergonha alheia desta criatura.

Se eu tivesse a bunda dela eu conseguia coisa muito melhor.

Pensando bem, eu garantiria o meu futuro e o de cinco gerações de minha descendência.

Sem precisar assinar trato com Zé Pelintra:

Acho que em zoom dá para entender melhor:

O bolo "norótico", a mini-saia da noiva, o beijo, os convidados ilustres, o vestido branco da mãe...tudo de acordo as mais rígidas regras de conduta da baixa sociedade juizdeforana:

E para fechar, deixo um enigma no ar.

Ivetão usa esses caras lindos só como fachada mesmo?

Trágica matemática

+


Perceberam a proporção homem-mulher na turma 304?

Mas não dá tristeza saber contar só por isso.

Entre os blogs amigos, acho que apenas o do Renato fugiu ao clima geral de comemoração pela separação de Sandiléia e Durvalzinho, os filhos de Chitãozinho-e-Xororó.

As pessoas saem por aí estourando o champanhe sem calcular a real dimensão dos fatos e seus potenciais resultados.

Pararam para pensar que, divididos, agora eles têm poder para irritar em dobro?

Duas vezes mais aparições no Domingão do Faustão.

Duas vezes mais notinhas em Caras, Quem e Contigo.

Dois CDS inéditos por ano, no mínimo.

Será que a gente já pode contar menos um pro lado negro da força?

C'mon, you can do it...

[Paula Abdul mode on]:

-Sanjaya, querido, o moicano arrasou. Mas não foi para isso que você veio aqui. Don't forget it's a singing competition, sweetie.

[Paula Abdul mode off].

Putaquepariu!

Segundas chances

-Um queridíssimo colega de trabalho está trabalhando como tradutor para a editora Harlequin.

Aos desavisados adianto tratar-se de uma empresa que em muito contrubui para a eterna insatisfação das solteiras.

Tudo começou numa tarde qualquer quando ele me ofereceu A indomada e o sheik, comentando sobre a trabalheira que dá transcrever para o Português o riquíssimo vocabulário que autora usou na descrição tanto da casa árabe quanto das paisagens australianas.

Depois vieram outros títulos sugestivos como A cabana, Um amor de verão e O mestre da sedução.

Segundas chances é o nome do romance que eu leio agora já pensando que, com feriado no sábado, não poderei receber minha ração semanal de groselhice.

A crise de privação não será fácil, haja vista a minha dependência de uma dose diária disso:

" Mas aquela dor doce não estava apenas nos seios. Estava no fundo de sua barriga, se espalhando. Sua respiração estava mais superficial, prendendo com freqüência na garganta. Em algum lugar no seu subconsciente, ela sabia que Brice tinha que parar, embora não pudesse apressar o momento. O que ele estava fazendo com ela era bom demais."

Eu admito.

Meu nome é Andrea e eu sou uma chicklitaholic.

*
Mas não era bem disso que eu pretendia falar.

Num dado momento da narrativa, Brice ou um outro cara qualquer, confronta sua parceira a respeito de erros que ela teria cometido no passado.

Entre eles estaria o hábito de usar o sexo para comunicar coisas que , em função da puca idade, ela ainda não sabia dizer ou elaborar.

A reflexão do garanhão me pôs a também pensar no quanto às vezes mesmo os adultos creditam um valor enorme ao suposto poder significativo do sexo.

No último mês, nada menos do que três amigas reinvindicaram legitimidade para perseguir um homem sob a alegação de que "a química" entre eles é "fantástica, única", ou de que o que eles têm "não se encontra a cada esquina", que não é possível que ela esteja sentindo "isso tudo sozinha".

É curioso ouvir o mesmíssimo discurso de mulheres absolutamente diferentes, que nada compartilham além do desespero de causa.

Não dizem que o melhor tempero é a fome?

Talvez o que faça o sexo assim tao especial seja meramente a sensação de que ele vai demorar muito a acontecer de novo e não um indício de que se esteja diante do Homem Certo.

Eu sei que eu não posso falar, que a minha vida sentimental também é um desastre mas nos meus sonhos, meu Príncipe Encantado, além de dar no couro, sempre liga para repetir a dose.

E sim, ele simplesmente está a fim de mim.

Também leio auto-ajuda, e daí?

E posso me orgulhar de dizer que Marian Keyes ainda não me estragou por completo.

Oh baby, baby, pleeeeeeeeeease

Já estiveram diante de alguém que , a custa de muito esforço, tenta te impressionar com uma performance que deveria ser, de acordo com o plano, inesquecível e arrebatadora?

E se após a batalha você não encontra nada de mais estimulante a dizer além de incentivos vazios do tipo "I love what you're wearing", " You still haven't lived up to your whole potential" ou "I didn't know you could dance"?

Ô vidinha cadela.

Emergindo da canja

Juro que não se trata de apenas de uma tentativa de me livrar da fama de bagaceira que eu construí com os últimos posts.

É que a despeito de ter hoje minha foto estampada em três diferentes sites de baladas, nem só de pegação vive a mulher. Juro.

No último domingo finalmente consegui assisitir Império, de Miguel Falabella e Josimar Carneiro, atualmente em cartaz no Teatro Carlos Gomes.

Admito que eu sou meio macaca do Falabella, que amo tudo o que ele escreve para teatro e que a peça tava baratinha baratinha - como convém à Praça Tiradentes, mas recomendaria o espetáculo ainda que eu fosse um alien caído na Terra que não compreendesse uma única palavra de Português.

Não que as músicas do Josimar não sejam lindas ( alguém me passa a partitura em MP3?) mas é no deslumbramento visual que surge da combinação dos louquíssimos figurinos com as as gravuras do Debret - narrador da história em grande sacada dos autores - que vem a minha motivação para voltar para ver de novo assim que for possível.

E também para dar mais umas mil gargalhadas a cada vez em que Stela Miranda - em impagável personificação de Carlota Joaquina, gritar à sua própria prole: "hijo de puuuuuuta!"

Vão correndo!

The carioca way of "love"

-

Aliás, a amiga gaúcha que eu hospedei esses dias era uma das críticas mais ferozes do meu comportamento descrente.

Depois de tomar umas voltas de dois ou três guris que pagaram paixão e chamaram de linda ela nunca mais vai argumentar com falas do tipo:

- Bah, se ele não queria que eu ligasse por que me deu o telefone?

- Bah, se ele não ia me chamar pra sair por que ligou?

Porque não precisam, queridinha.

Menino do Rio, como eu sempre digo, é topo da cadeia alimentar. Ou das cadeias.

Mesmo assim, votem no Cristo.

Tá chovendo homem?

Me impressiona às vezes a freqüência com que a vida imita a arte.

Quem mora longe, vocês sabem, sempre chega cedo. E isso val especialmente para quem sai de carro à noite no Rio, onde encontrar uma vaga decente e segura para estacionar é quase tão difícil quanto encontrar um homem apenas decente.

É difícil não ceder à tentação da bebida quando é necessário que um bom tempo corra até que qualquer lugar que seja comece de fato a estabelecer tendências do tipo fauna-e-flora.

E sempre chegam muitas mulheres antes da meia-noite. Hordas e hordas. Todas certamente em busca de homem e de vaga fácil.

Aí começam a chegar os casais. E depois homens. Muitos.

Só então a música acelera até que lá pelas três da manhã, no auge da xepa, parace que o lugar se metamorfoseou em Elmo.

Não dá nem pra dançar de olho aberto sem correr o risco de fazer contato visual equivocado.

Onde eles se escondem mais cedo?

Minhas amigas dizem que é muito pessimismo meu afirmar antes da madrugada alta todos esses gatos disponíveis se entocam nas casas de namoradas, amantes, esposas e afins.

E que eu também podia usar um pouquinho mais de otimismo na hora de estacionar.

PARADOXO

Aliás, erro de pessoa é o que mais acontece no mundo.

Minha amiga criou um perfil falso no Orkut para xeretar a vida do ex-namorado e acabou, quem diria, tendo sua porção fake adicionada - e insistentemente paquerada - pelo rapaz.

Seria ate romântico se ele , na "vida real", não fugisse dela como o diabo da cruz.

E se ele próprio não tivesse virado também uma espécie de stalker da super-mulher-caô que ela própria inventou à imagem e semelhança dos sonhos do palhaço.

Ainda virando canja

Na última madrugada um cara me ofereceu cem dólares para que eu sentasse na mesa dele.

Nem pude declinar propriamente haja vista meu estado de estupefação e confusão mental diante da proposta indecente feita às claras num lugar que eu achava, até então, super fino.

O ancião, que provavelmente é bombeiro hidráulico em algum fifofó do leste europeu, até pode posar de milionário na noite carioca, mas não mexe comigo não...eu sou sensível. Ainda mora um coração nesse corpo-moreno-cheiroso-e-gostoso.

O Projeto Bebel 2007 requer muita energia. E estômago. Não é para mim.

Algumas cicatrizes de batalha:

-

Virando canja

Um indicativos de que a ferveção talvez esteja passando do ponto é chegar em casa numa bela manhã a bordo de um corpinho tudibom e deixar que um breve arrependimento se apodere do seu coração: "Céus...como eu precisava vomitar!"

Este blog certamente ainda é um lugar bem mais seguro que o meu atual excesso de vida própria.

Proscritos da sexta-feira 13, unite and take over!

Falaê, gente...tem coisa mais vintage e cool do que superstição?

Eu camuflo patuás pelos acessórios mas não ostento aquela aura misteriosa de quem carrega uma fitinha puída do Senhor do Bonfim ou o ar descolado de quem acende , no banheiro, incenso-chama-homem ou velas de sete dias.

E arruda na orelha? Papo de inveja e mau olhado? Uma fofura!

Até já testei umas simpatias ( sim, as chama-homem) mas não tenho medo de passar embaixo de escada e nem de gato preto. Acho-os lindos, por sinal. Principalmente os de um metro e oitenta de altura.

Isso tudo me causa uma profunda sensação de inadequação.

A fé, de um jeito ou de outro, sempre é estilosa. E o medo também. Quem não lembra dos olhares ( e do figurino) de Kim Novak em Vertigo?

Sentimentos assim tão básicos caem bem em qualquer pessoa e fazem falta a qualquer um.

Hoje a festa é sua, a festa é nossa

De Norte a Sul, de Leste a Oeste da cidade as vitrines quase que só exibem leggings, botas e estampas de bicho.

Em lojas tão desparatadas quanto a Shop 126, a C&A e o Varejão das Fábricas.

Em todo bar da cidade, no Leblon, na Lapa, na Maré...vascaínos e não-vascaínos esperando o milésimo gol.

No happy-hour de hoje o homem mais bonito da casa era o garçom. Quer dizer...nem sei se ele era bonito mesmo, mas acabou ficando interessante...era o ÙNICO homem a nos dar atenção um raio de quilômetros. E mesmo assim desconfio que só por estar sendo pago para tal.

Mulher rica, mulher pobre...todas querendo casar. Com o garçom, com o Alemão, quem quiser, quem vier.

Tá valendo tudo. De pênalti, de mão e principalmente...na PRORROGAÇÃO!!!

Um dia eu volto com um post minimamente decente!

Juro.

BLEH!!!

Nem tão OFF assim, néammm?

- Não poderia deixar de aparecer para prestar a devida solidariedade a todos os que esperavam que o Alemão fosse mostrar mais no Paparazzo.

De qualquer forma, foi bom conseguir superar a obssessão pelo Gianechinni borracheiro. Um novo protagonista agora povoa as minhas fantasias working class depois do pervertido Ensaio 5.

Que vida ruim!

FELIZ PÁSCOA

-

Não morri não, gente! Só tô com visita em casa. Tem forasteiro me levando pra conhecer o Rio de novo. E para reviver algumas situações bizarras.

No pub mais bem frequentado da Zona Sul o gringo ( sim, porque gaúcho separatista acha que o RS é outro país!) lança a mim e às minhas amigas mais uma pérola colossal retirada do popular manual Peganinguém - abordagens cretinas na noite carioca:

- O único lugar do Rio onde eu vi mulher bonita foi na Fundição Progresso.

Um palhaço desses não merece ir para casa sozinho e passar o resto da vida tocando punheta?

*

Qualquer hora eu volto. Não se empanturrem com os ovinhos!

Velhos dilemas da mulher muderna

-Ao que tudo indica, o casamento, a Europa e o doutorado estão conspirando pelo fim do Sex in Nikity. Tá cada vez mais difícill reunir amigas A, B, C, D e E numa mesa só e quase impossível contar com os inestimáveis insights de amigos X e Z bem como as valiosíssimas guest appearances de gente como a Mari e a Cris.

Em virtude desse cruel desencontro, tenho cada vez mais trocado confissões e reflexões com a mais disponível Amiga-descolada-Santa-Teresa, companheira fiel de copo e de pessimismo. Na Paludo como no Mineiro, a consclusão a que se chega é sempre a mesma: como é duro ser uma mulher de trinta!

No último sábado a gente parou para enumerar as sinucas de bico do primeiro trimestre:

1) McDreamy ou McTeeny?

Gatinho quando fala merda ou não manja determinadas artes a gente sempre pode responsabilizar a idade...mas e quando a pérola - ou a foda mal dada - é autoria de um homem vivido?

Há quem sinalize a falta de prática como um porém a ser levado em consideração, mas e quanto à disposição? Por acaso toda transa com homem experiente dá certo? Só sei que quando não dá certo com menino a retomada é mais imediata.

Eu sou totalmente pró ensaio-e-erro.

Ou de repente os trintões só tem mesmo motivação para Lolitas, vai saber...

2) Com que roupa?

É lícito a uma balzaquiana usar short, tornozeleira e biquini cavado?

A Isabelle acha que os estilistas são todos uns pândegos.

3) Fingir ou não?

Quando não rola, é melhor usar o talento dramático para abreviar o sofrimento ou desenhar um mapa?

Pensem num mancebo para quem pegada boa é coito estilo máquina de costura.

4) Gel ou tesoura?

O cabelo curto crescendo estranho... o que fazer? Esperar pacientemente, fingir que não é com você ou dar um jeitinho qualquer?

Bom, acho que essa consideração também se aplica à eterna esperança deque seu fuck buddy um dia se transforme em namorado.

5) Dividir a conta?

Tudo bem oferecer...mas é legal insistir? E se ele aceitar de cara apesar de todas as suas orações a Santo Antonio? E se ele ainda por cima perguntar quanto você ganha?

Acreditem, não se trata de efeito colateral do uso excessivo de boy toys.

6) Portar preservativo?

Ok, mulher independente...mas que tipo de homem não carrega as suas próprias camisinhas? Ele se importa pouco com a saúde ou só se acha mesmo super gostoso?

7) O destino de Ana Luísa

Renée de Vielmond vai começar a pegar esse cara aí.

Isso a torna uma shidoshi mais poderosa que Demi Moore?

E isso melhora ou piora a patética situação de Fabiana?

Quem é o cabeleireiro dela?

8) Quem é a gêmea má, afinal?

Seria tão bom apenas pintar os olhos de negro, usar bijuterias extravagantes e sair pelo mundo fazendo coisas divertidas como casar com seu amigo gay e ainda ser paga por isso.

Eu acho digno.

9) E sua mãe também?

Qual é a idade em que você realmente precisa parar de ouvir comentários do tipo: "Nem adianta fingir que não veio direto da noitada que tem uma bola de rímel bem aqui no teu olho. Nem disfarça...você bebeu mesmo tomando antibiótico?"

10) Liberar no primeiro encontro?

Ele pode bem sumir por isso. Mas e se ele sumir de qualquer jeito...não é melhor garantir a refeição?

Alguém se importa mesmo

-

...com os outros 299?

A fila não incomoda

Funcionário público estadual agora precisa apresentar atestado do SUS para ter suas faltas abonadas.

Hoje, apesar de ótima, precisei me ausentar do trabalho ( e deixar os alunos sem aula) mais uma vez para trocar os documentos assinados pelos profissionais do meu convênio por outro, ratificado pelo plantonista do posto de saúde.

Ele levou vinte minutos para redigir o texto - que ninguém vai ler - enquanto tinha gente com prego no pé esperando para receber tratamento.

Não é um país legal???

Hello, Mundo Bizarro...ainda em clima de dia da mentira

Amiga C, shidoshi absoluta, sempre diz que no dia em que ela resolver cirar um blog, tanto a Ana quanto eu vamos ficar absolutamente sem assunto.

Seria mesmo difícil para mim se ela própria resolvesse publicar as geniais tiradas sarcásticas que ela usa para tecer as mais lúcidas e cruéis teorias sobre o comportamento humano sempre que o Sex in Nikity se reúne.

A minha tese preferida é a do Mundo Bizarro. Aquele espaço onde os super-heróis sempre agem ao contrário do que determina sua boa índole, lembram?

É claro que a teoria surgiu para explicar o sumiço de mais um homem da vida de alguém, mas isso nem vem mais ao caso já que a gente aprendeu a aplicar o mundo-bizarro-mode a qualquer estranheza que se apresente diante de nós.

Ou no meu caso para justificar algumas merdas que eu faço. Ou eu digo que foi culpa do meu eu lírico ou que foi a Andrea-Bizarro.

Durante o forçado recesso da semana passada encontrei tempo para baixar as primeiras temporadas de duas séries interessantíssimas que, a princípio, teriam muito pouco em comum. Não fosse, lógico, estarem no centro da ação duas personagens que fazem de tudo para convencer o mundo em volta de que não são o que são , tentando a todo custo esconder sua porção bizarro.

A primeira série é The Comeback, já cancelada, que traz Lisa Kudrow no papel de uma atriz veterana que volta a TV depois de dez anos e que tem o seu retorno registrado 24 horas por dia para um reality show diante do qual ela tenta de maneira patética amenizar todas as humilhações que a volta à TV lhe impõe.

Não importa o quanto seja ridicularizada pelas duas equipes, a do seriado Room and Bored e a do The Comeback, Valerie Cherish é sempre só sorrisos e gentilezas a seus algozes porque sabe que qualquer passo em falso pode ser a ruína do que ela se esforça para acreditar ser uma grande chance.

O programa foi muito bem recebido pela crítica norte-americana e Lisa foi até indicada ao Emmy mas o retorno da audiência ficou muito abaixo do esperado. Alguns acusaram Kudrow, injustamente, de ser a atriz de um papel só: o da avoada, como a Phoebe de Friends. Mas Valerie Cherish é uma avoada diferente, que precisa fazer o jogo do contente para convencer o mundo, e principalmente a si própria, de que ainda pode voltar a ser uma estrela.

É preciso um pouco de perspicácia para captar a sutilieza da interpretação da atriz e a sofisticação do formato da série que acaba valendo por três: pela Valeria Cherish de verdade, pela tia Sassy de Room and Bored ( e seu fabuloso bordão " I don't wanna see that!", que tem tudo a ver com a "cegueira" de Valerie para a realidade) e pela Valerie que tenta se vender classuda para as câmeras da equipe de Jane, produtora do tal reality show.

O outro seriado foi também premiado e incensado pela crítica: Dexter, baseado nos romances de Jeff Lindsay, que sobrevivem de maneira poética na narração da personagem-título, emprestando ao drama uma irresistível atmosfera de film noir.

Dexter Morgan é um profissional forense que, nas horas vagas, se ocupa de assassinar com requintes de crueldade os criminosos que comprovadamente conseguem driblar o sistema e se livrar da cadeia. O que faz do nosso CSI exatamente o que: um justiceiro ou um serial killer?

No elenco irretocável se destaca principalmente Michael C. Hall na composição do personagem título em todas as suas facetas aparentemente disparatadas: a debochada, a insensível, a ensusiasmada, a sádica, a protetora, todas verdadeiras e fingidas a um só tempo.

É também muito bom rever James Remar, o Richard de Sex and the City, como o sofrido policial que é capaz, desde muito cedo, de detectar em seu próprio filho a índole de um assassino frio e irreversivelmente condenado a matar a despeito de qualquer boa educação que venha a receber.

Além de tentar canalizar a verve sanqguinára seu amado garoto para o lado " do bem", o sargento Morgan também lhe ensina aos principais truques para que ele assuma uma aparência o mais normal possível com o intuito de que nunca seja desmascarado em toda a sua monstruosidade. E assim cresce Dexter.

Aqui embaixo , a belíssima abertura do programa que mostra o quão violentas podem ser algumas das mais prosaicas tarefas que desempenhamos no cotidiano.

E sim, garotas, o Dexter é um gato, mas ainda não estreou na TV brasileira.



Chorando com a comédia de Valerie ou gargalhando do drama de Dexter a gente vai levando a vida também de maneira contraditória, abafando nossos próprios bizarros para não assustar o mundo.