Friday, March 07, 2008

Desidratei ainda agorinha


Tava companhando os mais previsíveis encontros e desencontros de Men in Trees. Sim, aquela série mulherzinha que virou meu manual de auto-ajuda. Litros via canais lacrimais.

São momentos assim, e a TPM, que parecem renovar meus votos com um tipo mais clássico e previsível de mulherice.

É que ontem, no bar, um gato que eu sonhei beijar a vida toda (hoje já com um pouco menos de cabelo e um pouco mais de pelo) e eu senti...PREGUIÇA. Juro. Beijar na boca já foi tão bom. Mas era no tempo em que eu acreditava.

A amiga que conversou comigo essa semana vai lembrar exatamente do que se trata assim que passar por aqui.

Pensar no caminho entre aquele beijo e a efetiva relação sexual de que tanto estou necessitada, e nas preliminares, e na eventual conchinha antes da retomada me convencem que, de algum jeito bem perverso, acabei assimilando um pouco o pragmatismo dos péssimos homens com quem eu tenho convivido.

E que eu talvez tenha curtido tanto aquele episódio especial de Men in Trees porque Jack e Marin, mesmo depois de meses separados, resolveram tudo ali na carroceria daquela picape charmosa.

Tá. Acho que ver essas cenas me deu ainda mais PRESSA.

Tuesday, March 04, 2008

É mais ou menos assim, Ril, "um feitiço sem farofa"

"São Paulo dá café, Minas dá leite e a Vila Isabel dá samba..."

Se a gente passa reto da Mangueira e faz uma pausa ali naquela faculdade ( acho que a única onde eu AINDA não estudei) que fica de cara para o estádio do Maracanã, a gente já está no perímetro que como eu disse ontem, tanto me agrada.

Num intervalo entre as aulas, para comprar pão, durex ou uns passes eu tenho duas opções: São Cristóvão ou Vila Isabel. É que na Mangueira não tem nada, gente. Sabem um bairro ao mesmo tempo industrial e residencial, cheio de calçadas vazias? Uma desolação.

No começo eu ia a São Cristóvão, mas nunca achava lugar para parar o carro. Um tumulto.

Numa primeira revisita à Vila, na feira de terça de manhã. Um novo mundo se abriu à minha alma ferrenhamente suburbana: na segunda semana o fruteiro já sabia o meu pedido, igualzinho ao padeiro, que funciona ali embaixo do consultório do meu gastro.

E à noite tem cereveja a beça pelas calçadas musicais. E sempre com essa aura meio Cheers, a ilusão de se estar num lugar where everybody knows your name. Com quase todas as facilidades daquelas terras boas da Zona Sul.

Eu acho que eu sou caipora demais para Botafogo ou Copacabana. Começo a ter noção de que a Baixada se esgota para mim mas preciso de acolhimento. E tô achando isso , aos poucos, na Vila Isabel do Noel que , mesmo enfeitada de calçadas musicais, tá longe do circuito turistinha viu, Ril? Por isso você não viu.

E é só falar em samba para a gente começar a rimar pobremente. Melhor passar a bola para a Carol Jr. e para a Ice Ice Baby contarem coisas da terra do Martinho com mais estilo e propriedade porque, dizem, "quem nasce lá na Vila, nem sequer vacila..."

Monday, March 03, 2008

Enquanto isso na tenda do pajé...

A "sociedade" fica ali no coração da Vila Isabel ( um dia ainda faço um post sobre como venho me apaixonando por esse bairro), já na vista do Morro dos Macacos.

É uma coisa Allan Kardec meets Santo Daime. Mais leitura do Novo Testamento e conselhos sobre a vida. Ok, se eu não tivesse sido absolutamente sugada pelo momento eu poderia ser cínica aqui e criticar o mau Português ou a sabedoria de rodoviária.

Mas nem sei bem se foi a beberagem, os passes ou as palavras reconconfortantes e compreensivas, mas eu saí da salinha me sentindo tão bem e e esperançosa. Mesmo com o sacerdote me dizendo para não comer carne, fumar, beber ou fazer sexo durante três dias.

Eu: (...)
Ele: Tá bom, minha filha, vem numa terça da próxima vez. E aproveita pra fazer a preparação três dias antes também, para a gente conseguir mais efeito. Vai com Deus. Smacks.

Como se o doutor Alberto tivesse me desalexandrado, sabem? Uma delícia ser eu agora, gente.