Friday, March 30, 2007

"If you're feeling sad and lonely..."

Nesse exato momento vários amigos meus se esbaldam num jantar chiquérrimo que , com certeza, terminará em balada borbulhante. Coisa mais bleh!

Entretanto, o título mais-que-clichê do post não tem nada a ver com o quanto eu me sinto infeliz e excluída, mas sim com hoje à tarde, durante a fase inicial do processo de autocomiseração, quando eu precisava urgentemente desopilar os canais lacrimais.

Recorri ao meu sempre eficaz DVD Anos Rebeldes e fui direto para cena em que a coitadinha da Heloísa é metralhada ao som daquele roquinho triste e , lógico, me desmanchei em pranto convulsivo. É sempre assim.

Mas eu confesso que dessa vez não foi pela revolta contra a ditadura. É que eu vi que o meu joãozinho tá feio igual ao dela. Chorei ao finalmente reconhecer a merda que eu fiz do meu cabelo.

Investirei todas as minhas economias num megahair de Laura Cachorrona.

Mas nem tudo são espinhos.

Amanhã, após o imperdível Soletrando com Luciano Huck a Rede Globo reapresenta pela milionésima vez a obra-prima fundamental que explica de maneira extremamente didática o relacionamento homem-mulher: O Grande Dragão Branco.

E Van Damme my ass ! É Bolo Yeung quem mata a pau como o malvadão tetudo Chong Li, a mais bem acabada alegoria do macho dominante, em suas poucas porém extremamente significativas falas:

- Tijolo não revida!

- Você quebrou meu recorde, vou quebrar você!

- Você é o próximo!

- Maaaa-têeee!

A saga de Frank Dux em sua busca pelo conhecimento e o torneio Kumite podem nos ensinar bastante, acreditem.

Indicado tanto para quem tem beijado a lona quanto para quem tem dominado o tatame.

No mais, se você não tiver tempo ou cara de pau suficiente, conheça agora mesmo um pouco do Sr. Tanaka e entenda o que é ser shidoshi.

Thursday, March 29, 2007

Mulher ao espelho

Acho que atualmente a única coisa capaz de me deprimir de verdade é ficar doente. Hoje as minhas olheiras traduzem bem o meu estado de espírito. Mas eu sei que passa junto com a gripe.

No entanto, nem sempre foi assim.

Fui uma jovem de cultivar angústias de forma orgulhosa, como se a tristeza fosse, de algum jeito torto, referendar minha vocação para a grandeza. Era preciso sofrer e era esse o papel que me cabia no mundo. Só carregando um bode gigante eu me sentia importante, engajada e digna.

Atuslmente, em função do meu trabalho e do constante contato com todas as formas de miséria humana que ele me apresenta, eu sei que deveria sentir mais.

Não se pode ser feliz num mundo em que tanta desgraça acontece. Ou simplesmente não se pose ser feliz e ponto.

Uma verdade, como eu já disse tantas vezes, extremamente libertadora em toda a sua crueldade.

A mania de ser feliz, a busca pelo estado de espírito perfeito não apaga as mágoas do passado e o medo do futuro. Bem dizem os budistas.

Diante dos enormes sorrisos que amiga-descolada-santa-tereza (também balzaquiana-mas-nem-parece) e eu ostentamos na foto do último sábado em comparação com o ar preocupado que a gente exibe no clique do reveillon 1991, percebo a vantagem de ter perdido algum viço, o tônus muscular e a capacidade de perder peso à jato.

É que eles levaram junto o pavor que se estampa nas nossas expressões tensas e a ansiedade pela pose perfeita. Em um tempo em que, por falta de grana, fotografias levavam semanas ou meses para serem finalmente reveladas.

Não sei se tudo estava realmente errado ou se era nosso próprio sentimento de inadequação que saltava aos olhos . Por mais que teimássemos em tentar disfarçar com olhares pretensamente enigmáticos.

A fotografia vive como metáfora óbvia e pueril de um sentimento humano básico: o eterno desejo de ser aceito. Se não se é, culpemos o mundo e suas deprimentes mazelas.

Os instantâneos resistem para mostrar, contra a nossa vontade, como a gente se achava importante e como, sendo gente tão importante, merecíamos ser eternizadas no nosso melhor.

Mas o tempo é cruel e tudo o que se destaca do retrato tão posado, planejado e cuidado é o figurino ridículo e os óculos modelo 1983. Faltava grana, não lembram?

E no fim, a gente só conseguiu mesmo sair bem na foto quando não ligava mais para isso.

Como quase tudo na vida.

Wednesday, March 28, 2007

If you wanna be loved

- ...ao menos por mim, bancar o underdog é sempre uma boa pedida.

Ser feio ajuda bastante.

Mas chegar às finais para escolher, e conseguir não estragar, uma música do Police é nocaute.

Apesar de clara e francamente orientada-pelo-sistema-e-manipulada-pela-mídia, eu admito, Alemão é uma exceção à regra.

You go, Chris!

Every little thing you do is magic.

O que Barbra faz aqui?

Tá chegando a noite e a hora de dormir.

Preciso desesperadamente de um nariz.

O meu deixou , há horas, de desempenhar as funções mais básicas tipo...inspirar.

No momento ele se limita à condição de mero enfeite.

Post editado: só tinha graça no momento certo

Por esse link aqui você assiste a Irislene 24 horas por dia na Argentina.

Há algumas horas, ela dava aulas de axé clássico para os habitantes da casa hermana.

Lógico que nem a letra de bom-bom-bom-xi-bom-bombom ela acerta.

Se foi uma pena para nós não podermos votar no Pablito para ficar em segundo, para os participantes do programa argentino deve ser também uma pena não poder emparedar a loura.

Que sem-noção. Tá se achando a última coca-cola gelada do deserto.

Acho que nossos vizinhos finalmente encontraram um motivo justo para declarar guerra ao Brasil.

O set-list da Siri:

1. Bomba ( Braga Boys)

2. Tribo tchan ( É o tchan)

3. Upa Neguinho (em Espanhol, mas ela cantava mesmo assim)

4. Pout-pourri de Jorge Benjor ( e a loura cantando "Rio maravilha...")

5. Festa do Interior (instrumental, mas ela também cantou)

Nesse exato momento ela é interrogada pelas moças. O assunto é um só: Diego.

Até lá ele é um sucesso, foda!

Vitamina C, internet e cama

Tem tanto tempo que eu me tornei uma pessoa saudável, que come verduras e só bebe no máximo duas vezes por semana, que eu acho que há quase um ano não tenho um resfriado.

Pois esse veio avassalador, in a quero-arrancar-minha-cabeça-fora kind of way...

Duplamente cruel quando a vítima é alguém que gosta tanto de rua quanto eu.

E que teria muito a resolver numa folga inesperada...caso conseguisse se mover com dignidade ou simplesmente andar em linha reta.

Meu lado Poliana está feliz com o timing perfeito da minha gripe, que começou a tomar meu corpo dando folga suficiente para que eu me recupere antes do feriadão.

Ai, que ridículo!

Hoje estou completamente desprovida de forças físicas e mentais para escrever qualquer porcaria minimamente coerente.

Aguardem comentários delirantes em seus blogs.

Tuesday, March 27, 2007

Últimas do BBB7

-O Randy não entendeu porque eu disse que a edição atual do Big Brother é , na minha opinião, a melhor de todas.

Muita gente se lembra com saudades da caçada da tropa de choque ao Jean do BBB5 , o programa do final feliz em que o lado do Bem teve a sorte ao seu lado e pôde triunfar sobre os vilões.

O que acontece é que , no final, o programa ficou super previsível e mais parecia um acampamaneto de escoteiros.

Há quem diga que o mesmo aconteceu agora, mas eu discordo completamente.

Esperar três meses para ver a sempre calma e centrada Analy à beira de um ataque de nervos após a indicação de Diego valeu muito à pena.

Foi, no mínimo, irônico ouví-la repetir a eterna mentira descabida de que vetou Diego para proteger Fani - quando na verdade o que ela queria mesmo era emparedar o casal, fato que ela muito comemorou - por amizade três segundos após ter ela própria oferecido sua inseparável Carol em sacrifício por puro medo de enfrentar Bruna.

Foi também delicioso assistir Airton, que tanto criticava Íris por supostamente "chorar pobreza", implorar pela misericórdia do público para com um filho que "queria só dar uma casinha melhor" à mãe.

Ver o Caubói correr toda a mídia tentando limpar a própria barra também é muito legal. É um tal de "sou o fã número 1 do Diego" para cá, "quero ser amigo de Íris" para lá, "sou inseguro", " me perdi no jogo", " me entendam", " O pacto de sangue foi um mal exemplo"...cadê o cara que quando se falava em rejeição disse que ia enfrentar todas as críticas de peito aberto e assumir o que fez? Aquele que tanto se arvorava de poder fazer, no seu dedo e no seu corpo, o que quisesse...

O grande vencedor, na verdade, acabou sendo Felipe Cobra que saiu no começo e já foi esquecido em toda a sua arrogância e maus modos em função das trapalhadas desse grupo que achava que podia saber mais porque que via, com seus dois olhos cada um, mais do que as quarenta câmeras mostravam ao Brasil.

É muito interessante perceber que são o abraço e as palavras de Diego que agora confortam o choro e o pavor de seus algozes. Até o último minuto, a constatatação de que foram eles mesmo - com sua ganância e críticas intermitentes - que construíram o vencedor. E continuam construindo.

Ah, quero a Bruna na final contra Diego para ela, na hora H, ouvir um número muito, muito, muito alto...e entender um pouquinho o significado da palavra mérito.

Então é isso, querido Randy, em terra de cego Alemão que tem um olho é rei, quem espera sempre alcança, depois da tempestade vem a bonança e a vingança é um prato que se come frio.

Mais uma letra de música para ninguém ler

Ou para inspirar uma escapada pro boteco mais próximo.

Dessa vez para comemorar!

Vingança ( Lupicínio Rodrigues)

Eu gostei tanto, tanto
Quando me contaram
Que lhe encontraram
Chorando e bebendo
Na mesa de um bar


E que quando
Os amigos do peito
Por mim perguntaram
Um soluço cortou sua voz
Não lhe deixou falar.


Eu gostei tanto
Tanto quando me contaram
Que tive mesmo que fazer esforço
Pra ninguém notar.


O remorso talvez seja a causa do seu desespero
Você deve estar bem consciente do que praticou
Me fazer passar tanta vergonha com um companheiro
E a vergonha, é herança maior que meu pai me deixou


Mas enquanto houver força em meu peito eu não quero
mais nada
Só vingança, vingança, vingança aos santos clamar!


Você há de rolar como as pedras que rolam na estrada,
Sem ter nunca, um cantinho de seu, pra poder
descansar
!

Sunday, March 25, 2007

Sessão colírio: mais dez motivos para assistir HEROES

A grande filósofa da pós-modernidade, Carrie Bradshaw, certa vez afirmou : "When it comes to men and shoes, I don't play favorites."

Portanto, a lista que se segue não obedece a qualquer ordem de preferência, seja ela crescente ou decrecsente.

Trata-se apenas de um alerta à mulherada e aos guerreiros do lado colorido da força para a quantidade absurda de homens bonitos que passeiam pelo meu atual programa preferido.


PETER PETRELLI (Milo Vetimiglia) está no centro da ação, movido pelos mais nobres sentimentos e empenhadíssimo em salvar o mundo e descobrir sua verdadeira vocação. Leva toco de todos os lados e tem sempre essa carinha de cachorro que caiu da mudança. Tem como não querer levar para casa?


NATHAN PETRELLI (Adrian Pasdar), o homem voador que não aceita sua condição de mutante tem o charme natural e o ar decidido do homem público que atropela quem quer que ouse embarreirar seus objetivos. O sorriso - como convém a um polîtico em pôster de campanha- um colar de pérolas, lógico.

ISAAC MENDEZ (Santiago Cabrera) , o preferido da Patry, é o artista atormentado e viciado em drogas que não sabe direito o que fazer da própria vida e dos dons que recebeu. Cabelos longos e desgrenhados mas escandalosamente másculo.

MATT PARKMAN (Greg Grunberg) , a epítome do perdedor. O gordinho atrapalhado dos sonhos da Ana. Imaginem um homem que lê pensamentos numa relação sexual...advinhando tudo o que uma mulher quer que ele faça com ela.


MR. BENETT (Jack Coleman) , envolto em todo o mistério que cerca as intenções da "fábrica de papel", é um interessantíssimo personagem que ninguém consegue bem decidir de que lado está. Os óculos envelhecem, mas como diria a Ril, ele bem que dá um caldo.

DL (Leonard Roberts) , o furador. Literalmente. Usa umas t-shirts justíssimas que sempre revelam os melhores contornos de seu dorso super definido. Já apareceu em cenas de sexo super quentes.

MOHINDER SURESH (Sendhil Ramamurthy) não apresentou, até o momento, nenhum super poder além do de encantar com seus olhos de jabuticaba, sua cara de cientista louco e seu sotaque carregado. Entrega especial para o Wans.


O HAITIANO (Jimmy Jean-Louis) também é uma icógnita. Emana uma força hipnótica através de seu olhar denso, que diz mais que mil palavras. Um personagem que ainda vai dar muito o que falar...

E o SYLAR (Zachary Quinto), nosso vilão...olharam direito? As sobrancelhas espessas dão ao seu rosto um ar compacto e subversivo que provoca ao mesmo tempo medo e compaixão.


ZACH (Thommas Dekker), o amiguinho da cheerleader, comparece com seu ar virginal em respeito à cota-ninfeto. Nenhuma seleção ficaria completa sem um tchutchuco cheirando a leite para inspirar as fantasias pedófilas dos tarados leitores desse blog.

Então é isso. Se o HIRO tem seu eleitorado, mil perdões!

Friday, March 23, 2007

ENQUETE: É melhor ser surda ou ouvir isso?

Matriz Ou Filial ( Lúcio Cardim)

Quem sou eu
Pra ter direitos exclusivos sobre ela
Se eu não posso sustentaros sonhos dela
Se nada tenho e cada um vale o que tem

Quem sou eu
Pra sufocar a solidão de sua boca
Que hoje diz que é matriz e quase louca
Quando brigamos, diz que é a filial

Afinal
Se amar demais passou a ser o meu defeito
É bem possível que eu não tenha mais direito
De ser matriz por ter somente amor pra dar

Afinal
O que ela pensa em conseguir me desprezando
Se sua sina sempre é voltar chorando
Arrependida, me pedindo pra ficar.

Meu dia de Marin Frist

Viram o último episódio de Men in trees?

Eis que o varão, leitor assíduo do blog, se chateou com o tom excessivamente jocoso da postagem sobre Letra e Música.

Eu peguei pesado demais nos comentários, ele diz.

Fica vendo filme de mulherzinha e depois vira um molengão... cadê meu ogro?

Comércio popular - Parte 2 : em defesa dos bovinos

Eu quero ter um milhão de bolsas...

e gastar, no máximo, quinze reais.

Coleção outono.

Pra quem pode. Com napa, nylon, verniz.
E quem precisa de couro?

Thursday, March 22, 2007

Rala, verão!

O que marca de verdade o fim do verão? Dias menores? Noites maiores? O fim do horário uma-hora-mais-cedo? 21 de março tem necessariamente de ser um dia menos abafado?

A gente fica triste com o início das aulas, o fim do carnaval...quem sabe até eu volte a lamentar no fim da semana santa...ou do Pan, mas o fato é que o verão camuflado deixa saudades apesar de todas os contratempos , más notícias e temperaturas desumanas.
Eu vou sentir muita falta:

- dos ensaios de bloco , de quadra e da Sapucaí. Foi o mais longo carnaval da minha vida. Rio tá virando Bahia. Tá, não sei se isso é bom. Será que eles também têm sacolé de caipirinha?

-de usar short e não ficar com cara de fanqueira.
-do Big Brother 7. Foi o melhor!

-das aventuras da jovem Delzuíte. A primeira fase de Amazônia foi o máximo. Pena a Globo cometer a maldade de pôr no ar tão tarde...e por tanto tempo!
- das frozen MargheRITAs do Outback. Não encaro nem na meia estação.

- de ter tempo para ver todos os meus amigos sem agendamentos dramáticos.

Eu não nasci pra trabalho/ eu não nasci pra sofrer...

Isso me lembra que a volta da festa PHUNK é um bom motivo pra celebrar o início do ano.


Um bleh grandão pra quem não vai.

Se você mora na Barra, venha de 747. As -águas -de-março-fechando-o-verão podem fazer com que Fábio Assunção entre no seu ônibus.
Acorda, garota!

Revelado grande mistério de LOST

Após quase três anos, nossos roteiristas preferidos finalmente se dignaram a nos contar como John Locke foi parar na cadeira de rodas.

Só falta alguém explicar esse casal aqui do lado.

E porque a gente continua insistindo em acompanhar esta merrrrda.

Vão correndo baixar HEROES, vão...

Sim, Adelaidinha, estou louca.

Wednesday, March 21, 2007

Crise de abstinência

- Não é nada do que vocês estão pensando.

A vibe "Cold Turkey" advêm da inexistência de um novo episódio de HEROES para download até sabe lá Deus quando.

Todos os outros programas parecem ridículos perto de uma história em cada cena se fecha em clima de season finale.

Além disso, é extremamente reconfortante pensar que TV divertida pode também te pôr para pensar um pouco sobre o sentido de cada vida, sobre o que cada um de nós faz para evitar o fim do mundo e , finalmente, sobre o quanto poder implica em responsabilidade.

Tem também aquela mensagem edificante pró-aceitação da diferença, mas sem o ranço politicamente correto que geralmente põe a perder qualquer reflexão minimamente lúcida sobre o assunto. Tem personagem "do bem" que quer " a cura" para a sua condição através da modificação do código genético ou coisa que o valha. Sem que a narrativa descambe para o maniqueísmo ou que não tracemos paralelos com os temas científicos que permeiam o nosso cotidiano de gente comum.

Um outro eterno dilema, o do personal gain está na pauta da evolução de cada trajetória e a balança quase sempre pende para aquele lado que invariavelmente oprime e torna infelizes os "bem-dotados" : a ética do bem comum, que veta ao herói receber através de suas habilidades especiais qualquer tipo de vantagem pessoal, por menor que seja.

E qual seria mesmo a graça disso?

Se eu tivesse super-poderes como os deles isso melhoraria muito a minha vida e eu não hesitaria em usá-los nas mais prosaicas situações.

E poderia até, agindo assim, salvar o mundo também.

Enquanto o próximo capítulo não vem, pensem comigo:

Regeneração espontânea- me faria uma pessoa sexualmente mais agressiva, sem medo dos hematomas.

Atravessar superfícies - sacanearia muito as portas giratórias nos bancos.

Premonição - enriqueceria dando consultas, claro. Pintaria um futuro melhor para mim.

Teletransporte - viajaria um monte e nunca mais enfrentaria engarrafamentos.

Manipulação do tempo - ah, aqueles quinze minutinhos finais de aula que não passam...adeus! E eternizaria um orgasmo, sim!

Telepatia - esse eu dispenso. Não seria feliz num mundo em que eu soubesse tudo o que pensam de mim.

Voar - idem a teletransporte.

Empatia- absorveria as qualidades mais positivas dos meus amigos como as artes de combinar acessórios e contar piadas.

Tecnopatia - sacaria muito dinheito do caixa eletrônico sem cartão, abriria todos os sinais de trânsito para mim e deixaria de pagar TV por cabo.

Superforça física - me tornaria uma pessoa muito, muito grossa. Principalmente se eu tivesse um alter-ego a quem culpar pelos meus rompantes de fúria.

Auto-combustão - não imploraria mais por isqueiros.

Invisibilidade - saberia todas as fofocas, é claro. E assistiria algumas pessoas fazendo sexo. Principalmente meus amigos que pagam de fodões. Também seguirira o Gianechini por algumas semanas e...cara, como adoro esse poder!

Cyberpatia - esse eu também não poderia ter. Imaginem se me fosse permitido acesso a internet sem computador a qualquer momento do dia ou da noite? Eu não seria mais um ser humano funcional. Passo.

Remoção da memória alheia - me tornaria muito, muito sincera por alguns minutos só para saber a reação das pessoas. É...depois eu apagaria tudo o que fiz e disse.

Manipulação molecular - hmmm...quanta comidinha gostosa!

Telecinese - jogaria os alunos pentelhos às paredes, lógico. Como Carrie, a estranha. DI-VA!

Super memória - ah, já sou muito rancorosa. Para que mais?

Super audição - já tenho.

Manipulação de radiação - ah, não quero. Faz muita sujeira.

Persuasão - o poder dos poderes. Finalmente o mundo andaria direito com todas as pessoas me obedecendo. Não seria incrível?


*
E tudo isso acontece em apenas dezoito episódios de HEROES.

Pra entender tudo e se não temer spoilers , clique aqui.

Tinha como não viciar?

Monday, March 19, 2007

Bullshit? Bad hair day? True Colors?

Recém tinha postado ( adoro escrever eu "gauchês") meu manifesto anti-consumista e me deparei com a nova campanha-Dove-pela-real-beleza , que teve sobre mim o efeito de um tapa de luvas.

Agora eu me sinto mal por ser feia, fútil e também por reforçar preconceitos contra os esteticamente alternativos.

Citycol, vinte "real"

Como se já não fosse suficientemente doloroso e frustrante existir como mulher no mesmo planeta que abriga Camila Pitanga, ela agora se exibe diariamente, em trajes sumários que gritam "Academia, urgente" a cada uma de nós.

No meu caso a coisa é ainda mais grave porque nunca contei com o senso de estilo de amigas chiquérrimas como a Ana e a Mari, fashionistas na medida certa, sempre vestidas de um jeito especial que valoriza o que elas têm de melhor.

Eu sou prática demais e já fui até chamada às falas por alguns alunos: "Professora, nem uma pulseirinha? Nem um brinquinho? Cadê o batom?"

Não que eu ande largada 100% do tempo, mas eu gosto mesmo é de conforto. E conforto pode significar uns minutinhos a mais na cama pela manhã, certo?

Eu sou até bastante vaidosa e gasto fortunas em roupas e produtos de beleza, mas acho que virou uma coisa assim meio low-maintainance. Super produção, só à noite.

No fim das contas acho que realizei o óbvio. Mesmo que eu me vista de ouro da cabeça aos pés e que a Camila se vista com aqueles trapos isso não fará grande diferença.

Por isso hoje, no meio da tarde, quando meus olhos doeram de encarar aquele azul super 1997 eu não tive dúvidas: "Vou me cobrir com esse andrajo em pleno sábado!"

Conselho da semana: adote o comércio polular porque figurinista bom mesmo é personal trainer.

Vide Daniel Craig.

Não sei a quem creditar a sábia reflexão que eu não lembro mais onde ouvi, então o troféu shidoshi fica para mim mesmo.

Depositem na minha conta tudo o que economizarem!

Friday, March 16, 2007

ALÍVIO IMEDIATO

Chegaram juntinhas: a chuva e a menstruação , sob a forma de desculpa perfeita para ficar em casa na sexta à noite.

No estômago, a saudosa sopinha.

Na TV, o picador de papel salva o mocinho e o caubói do mal manifesta todo o seu cagaço na inconfundível síndrome das pernas inquietas.

O livro me faz rir sozinha, que nem boba.

Ao som do CD que sempre me inspira os sonhos eróticos mais completos e verossímeis.
Hoje não vai ser diferente.
Fly me to the Moon/ and let me play among the stars...

Vou dormir de janela aberta.

Ai, que bom!

Que LOST que nada

-

Se é para me comportar como uma nerd retardada (tá...pleonasmo) que a vigília seja pelo próximo episódio de Heroes.

Eu amaldiçôo cada boca que lavou e enxagüou meu fraco cérebro, me convencendo a "dar uma conferidinha."

Viciei. Emendo um episódio no outro e dei para divagar acerca de como seria a minha vida se eu pudesse controlar o tempo ou ler pensamentos.

Passe longe. Especialmente se você, como eu, apresenta tendências TOC.

Mondays are a bitch...AGAIN!
Adeus, vida própria!
*
Ana Banana, teu Greg tá no elenco. A foto é um regalo só para você..


Ah, num fode.

Só falando assim.

Precisa mesmo existir McFlurry de maracujá?

Pergunta para DitaVon Claire.

Thursday, March 15, 2007

É um pecado...

ver um show desses só uma vez na vida.

Tudo o que a gente mais ama junto: gente bonita, hits à rodo, uma negona de voz potente, bailarinos pintosas em milhões de piruetas e...um palco iluminado. Desculpem, piada interna.

É um pecado também encontrar certos amigos só em ocasiões assim. Quantas pessoas no mundo seriam capazes de, aos primeiros acordes de Always on my mind, rir quando eu gritar: "Corre!Vai começar Anjos da Lei!"

Aliás, Neil Tennant inspiradíssimo, olhou no meu olho e disse: "When you look around you wonder: do you play to win or are you just a bad loser?"

Bibas everywhere, por isso tava animado.

Cantada do ano: "Eu vim no show do Pet Shop Boys mas não sou viado não, tá?"

Aliás, o lugar, a Barra (Where the streets have no name...a-ráaa) no melhor estilo Suburbia, um verdadeiro enigma para os oriundos de Niterói, São Gonçalo e Duque de Caxias. The East end boy and the West End girls, never being boring, super empolgados no corinho de Icouldleaveyousaygoodbye de Left to my own devices.

Por isso mesmo alguém se perdeu, juro que não fui eu.

Uma provinha para vocês:

Wednesday, March 14, 2007

E ela ainda sorri!

-

Repararam no garrafão de água? Pensem no peso disso + mochila.

E no calorão que faz na salinha que ela divide com mais 43 alunos.

E na professora estressada gritando na frente da classe.

Ou será que ela já leu isso aqui antes de ir para a escola?

Ah, tá bom...che-ga!! Já deu!! Enough is enough!

-

Hoje eu achei uma saia manchada pelo sol no varal. Também me queimei com o metal do cinto de segurança. Já chegou verão, né? Já foi...

Big Brother também acabou.

Vocês sabem que eu adoro. Vejo como misto de circo e novelinha mas hoje, pela primeira vez, me deprimi de verdade pensando em como os acontecimentos daquela casa às vezes reproduzem situações do nosso cotidiano.

As pessoas , em primeiro lugar, vociferam aos quatro ventos que estão "no seu direito!"

Em função do exercício desse direito, nunca dão passagem no trânsito e lavam seus carros com a água do condomínio.

Diante das conseqüências, curiosamente, não invocam os tais direitos para se justificar porque são simplesmente incapazes de assumir o que fazem.

É essa a gente - pobres vítimas das circunstâncias adversas - que "se defende" do mundo.

Todos dentro do seu direito, claro.

Não tenho nem mais curiosidade de saber os índices de rejeição. A disputa ficou feia de um jeito irreversível. Aquela coisa de patota que junta um moleque sozinho na saída da escola mas onde nem um guri tem coragem de encarar o acuado na base do mano-a-mano.

Virou covardia e nem em arena romana isso era divertido.

Muito menos onde se repete a cada minuto : " importante é a minha consciência tranqüila"

Como assim, Bial?

O que tira o sono dessa gente qua adora repetir "eles estão colhendo o que plantaram"?

Eles não tem medo e é isso o que dá mais medo.

Me senti desvalida de contar só com meus dois olhos e não com quarenta câmeras.

*
Ok, a menstruação ainda não desceu. Mas à noite tem Pet Shop Boys... pena que é na Barra!

Tá, não reclamarei. Separei até uma saia branca.

*

Aproveito a onda de mau humor para implorar aos amigos que tentem me convencer a gostar de Maria Rita usando outro argumento que não seja: "Você nunca viu um show dela."

Tuesday, March 13, 2007

A gente perde "as amiga" mas não a piada

-

Mulher que anda com viado gostoso é sempre sozinha ou mal-amada.

Não adianta ser linda, bem-sucedida ou ter os olhos verdes.
Ela vai acabar dividindo o Tony Ramos com a Renée de Vielmond.

É justo o preço da incompetência.








De que adianta ser tão-tão se não conseguiu resgatar pelo menos UM um dos dois para o lado negro da força?

Milagres acontecem!

-
Tipow...nunca cai água em Santa Cruz da Serra! E sem água não pode ter merenda. E sem merenda não pode ter aula.

Um torpedo no meio da tarde escaldante desencadeou meu irreversível processo de libertação : "Tá de bobeira? Vou sair cedo."Uma hora depois eu já me encontrava confortavelmente instalada numa sala de cinema geladinha, beijando muito. E eu nunca saio decentemente vestida para trabalhar numa segunda-feira.

Tinha esquecido que ainda existe homem que liga no dia seguinte. E que ainda por cima deixa você escolher o filme. E jura que adorou, mesmo se tratando de um chick-movie que segue à risca todos os clichês do gênero.

Tá...ele sempre pode escapar dizendo que é porque o filme tem a ver com música, que a perspectiva é mais masculina, que ele se sente nostálgico dos anos 80....mas uma coisa deve ficar bem clara: trata-se do ogro mais inclemente do planeta. E o filme conseguiu derreter um coração que ninguém sabia que existia, bem ali, embaixo da sola do pé.

Esse clipe foi postado em dois milhões de blogs e eu , mesmo sem ter visto o filme, não me cansava de ver. Agora é a minha vez de martelar vocês:

A propósito, quem é mesmo o santo padroeiro da comédia romântica? Preciso acender uma vela em agradecimento pela associação de Drew Berrymore a Hugh Grant. Made in heaven.

E quanto às minhas promessas de ano-novo. Juro continuar a reciclar, mas não vou mais poupar água não... deixa as crianças passarem a tarde se divertindo na cachoeira que elas ganham mais.

Monday, March 12, 2007

DILEMA

Às vésperas de completar _ _ anos, ela me perguntou se agora deveria mudar seus discurso diante dos homens:

-Eu sempre digo que são o segundo, mas tô com medo de não colar mais. Acho que vou começar a dizer que são o terceiro.

Não tem como essa recifense de vida duvidosa não ser uma aniversariante feliz tirando tanto sarro da cara dos caba.

Sunday, March 11, 2007

O retorno do Jedi

-

Ok, confesso. Não foi só a TPM que fez de mim hoje uma postadora compulsiva. Eu queria que o dia passasse rápido porque eu tenho um encontro. Com um homem que tem namorada, amante, ex-mulher e que ainda por cima pega qualquer forma de vida portadora de vagina que lhe cruze o caminho. Talvez por isso ele seja tão craque.
Sei que eu posso até não platicar tão bem ou com a freqüência merecida, mas sou uma grande fã do esporte. E às vezes eu faço mesmo coisas idiotas por causa disso. De falta de assunto.
É difícil frear certos impulsos quando se tem plena consiência de que apenas oito dígitos nos separam do paraíso:
- Oi, tô vendo novela e lembrei de você. O XXX parou de fazer cangaceiro está a sua cara nesse papel.
Depois de alguns protestos e sarcásticas trocas de ofensas de duplo sentido...here we go again
Em caráter meramente emergencial, que fique bem claro.

Nunca perde essa mania

- Já reparei que todo blog de mulher passa por uma fase de reclusão ou mal humor pelo menos uma vez por mês. Quase sempre no mesmo período do mês, né?

Meu post tenebroso desta TPM começa sobre uma reflexão:
Qual a pior forma de acordar num domingo de sol?
Sozinha? De ressaca? Após apenas duas horas de sono? Ao som do despertador? Que tal...todas as alternativas?
Ah, tudo pode piorar se depois do acidente o seguro gentilmente disponibiliza um calhambeque sem ar-condicionado onde você precisa enfiar a parentada sem que antes seu tio, já bêbado às nove da manhã, exija o assento do carona esbravejando: "Mas eu não vou enrolar esse troço ( cinto de segurança!) em mim!"

Não dá nem para dormir com a barulheira nem se refugiar num livro diante do olhar cúmplice da prima, também balzaca, visível e igualmente constrangida diante do comportamento de seus pais que, junto com os meus, paracem agora formar uma animadíssima patota adolescente que quer, a todo custo, aproveitar o domingo como se fosse o únco dia livre da vida deles. Detalhe: todos aposentados.

É um tal de "Andrea, feira", "Andrea, carvão"...quando falaram em cachoeira eu aleguei menstruação, sempre salvadora num contexto conservador onde, aliás, eu reclamava com prima balzaca e também solteira as dores da vida de lagartixa diante dos ouvidos curiosos da priminha de onze anos ( mas que tem cara de 18) e dos olhos arregalados da primona de setenta anos (mas que tem cara de 38) sem me dar conta de que estava sendo extremamente inadequada.
Minha mãe acabou de me ligar pra reclamar do meu comportamento anti-social diante da reunião de família. Poxa, eu não podia tomar banho de cachoeira mas não tinha nada demais ir só para levar o pessoal, né?

Ah, meus pais afirmam ter se mudado para o interior em busca de uma vida mais tranqüila.
A única tranqüilidade que eu vejo - e que me assusta - é a da minha mãe cortando as goelas das galinhas como se fossem de borracha.
Quase confessei as saudades do tempo em que ela, certamente motivada pelos notórios efeitos avassaladores da TPM genuinamente Batalha, rompeu com toda a família e ficou anos sem receber ninguém.

Só não fiz isso porque sei que não estou no meu estado normal.

SHIDOSHI

Quem conhece o prédio do Cordão do Bola Preta , sabe como faz calor naquela joça.

Junte à receita cerveja quente, muitos homens bonitos e calcule a escaldante temperatura da festa.
Brigando por espaço embaixo de um ventilador, quase pisei na queridíssima baixinha, pegadora emérita do Carnaval e mestre no quesito beijadinha rápida.

Se a gente tivesse marcado não teria sido tão fácil se encontrar na multidão.

- Oi, tá linda, veio com quem?
- Com o Thiago.
- É o mesmo daquele dia? Thiago...que nome adolê...haha
( Comentário proferido por uma boca possuída pelo espírito xoxador de Samantha Jones)
-Ah, tô numa vibe Demi Moore. É o que há!

Tomara que a moda vingue por mais alguns verões.

Nos despedimos assim, torcendo para chegar aos 40 casando com meninos de 25!

Saturday, March 10, 2007

Bora, gente!

* Black is beautiful!
Já deu um trato no pixaim?

Friday, March 09, 2007

Vivendo e não aprendendo

À tarde, eu bancando a professora engraçadinha:

- Então é isso turma... nesse módulo inical a gente ter como meta final ser capaz de pelo menos paquerar alguém na praia. Perguntar o nome, a idade, de onde a outra pessoa é.

- Fala sério, teacher. Desde quando é preciso saber isso tudo pra pegar alguém?

À noite, mamãe vasculhando as gavetas do banheiro supostamente em busca de um band-aid:

- Esse pacote de camisinha tá aqui há mais de um mês. Você não está se protegendo ou não está transando? Ih, isso faz mal, hein.

Chapa quente

Então vai ser isso mesmo? Para sempre?

Nunca mais vai chover no Rio de Janeiro?

E só se sai daquela jaula líder ou morto?