Monday, November 27, 2006

O mundo animal também é gay

O franguinho vinha, desde que nasceu, sendo alimentado com carinho especial pela minha mãe, que queria assá-lo gordíssimo por ocasião da volta do meu irmão para casa depois de meses fora.
Ontem, no entanto, notamos que o rapazinho passa a se comportar de maneira curiosa diane de seus pares. Não pára de abrir as asas e imitar aquela cantoria tão característica de galinha prestes a por ovos. Aparentemente o mocinho está louco para dar à luz!

Será que foi culpa da criação diferenciada que ele recebeu?

Bem, o certo é que a família toda já se derrete de amores pelo mascote e é fato consumado que ele não vai mais parar em prato de senhor ninguém.

Resta apenas escolhermos um nome que reflita com fidelidade a elegância e o glamour que essa criatura espalha pelos quatro cantos do nosso modesto terreiro.

Alguém ajuda?

Thursday, November 23, 2006

The new Pô-pollyana way of life

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- Pô, amiga, o pior é que eu entendo ele, sabe? Ele foi trocado por uma mulher quando estava super apaixonado.
- Eu também já fui trocada. Por várias mulheres. Nunca virei uma escrota.
- Ah, mas é diferente, pô.
- Diferente por que?
- Ah, pô, se você fosse trocada por um homem...
- Nossa, seria um alívio! Pela primeira vez na história da humanidade o não-é-você-sou-eu seria verdade. Fora que um enrustido a menos no mundo é sempre lucro...
- Pô... mas fora isso, ele é cheio de traumas, por isso não consegue se apegar...mas eu sinto que ele gosta de mim! Pô...tá na cara, tá no olho, tá no sexo...

Polyanna mode alert: começar a falar como o Wando..pi pi pi pi!

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E trauma de ass é dick!

Contrariedades? Eu vim entregar o pedido!

Bem, para você conseguir a atenção dos alunos, nada de aulas-show ou de dinâmicas de relacionamento olho-no-olho. Basta adquirir um celular novo. Querendo silêncio, é só sacar sua arma como quem só está conferindo a hora para que os respeitosos sussuros se sucedam:

-Caraca, maluco, é um V3!

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Já pensou se o Jamelão não estiver presente à minha estréia no desfile da Mangueira? 50% menos emoção.
E será que ele já pôs a voz no samba?

Tá, sou uma vaca egoísta.

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Talvez por isso eu mereça certas decepções.

Garimpei um cara lindo numa balada gay. Nossa, e como beija bem!
Peneirando os assuntos ele acabou confessando que não era ainda, assim, um médico-médico. Ele na verdade tá se formando ainda. Só disse que era médico porque ele aumentou a idade em seis anos.

Acharam fofo? Bem, não foi a primeira conversa constrangedora a acontecer entre nós. Acho que no dia em que a gente se conheceu o papo rolou mais ou menos assim:

- Quantos anos você tem? Peraí...deixa eu advinhar...se você já é professora, deve ter pelo menos uns vinte e cinco. Mas não parece não, viu? Você malha?

Pedi um McDreamy e me entregaram um Mcteeny. E a gente nem brincou de médico...
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E o pior é quando, no meio da minha atração preferida da TV a cabo, aparece pela milionésima vez aquele comercial-poliana do Mercado Livre. É que, com-mais-de-vinte-e-cinco-porém-conservada, já não acredito mais na tampa na panela, no chinelo velho e na cara metade.

Mas sabe que às vezes me flagro no trânsito cantando a musiquinha-chiclete e cultivando a esperança em dias melhores?

Aqui a letra:

Someone is there, waiting for my song
I'm only looking for someone who sings along
When all my dreams, finally reach yours
we will uprise and maybe find our true love,
We will uprise and maybe find our true love.

E o vídeo para quem ainda não conhece ou para quem quiser só cantar junto mesmo:


Wednesday, November 22, 2006

Tuesday, November 21, 2006

Fim de uma era

Que outro cineasta vai conseguir contar histórias tão diferentes umas das outras em parceria com pessoas também tão diferentes umas das outras?















É entrega especial para o Wans!

Monday, November 20, 2006

Valeu, Zumbi: dia da consciência preta

Copyright by Ana Farias

Com esse eu casava e tinha filhos:


Com esse eu teria um relacionamento extra-conjugal:

Já com esse, eu me conformaria em apenas fazer sexo casual:

Friday, November 17, 2006

O beijo perfeito

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Não importa que eu tenha desembolsado uma fortuna ou que aquele tal de VIVO RIO me lembre muito a Via Show. O que conta é que Bernard Summer (ainda que munido de tetas e de uma voz só pequenina) saiba ainda cativar uma platéia com seu jeitinho meio blasé, meio tímido, meio azedinho . Sem acrobacias no palco ou piadas baba-ovo na linha "I love you, Rio!".

Quem tem à sua disposição um repertório que passa por pequenas jóias do quilate de Temptation e Love Vigilantes se garante mais na singeleza dessas letras e no alto astral das melodias. Não precisa apelar para fantásticos jogos de luz quem tem o púbico tão à mão mesmo antes de a performance propriamente dita ter início.

Cada hit emocionava de forma mais arrasadora que o anterior. Sabe filminho da sua vida? Sabe aquela música que você gravou vinte vezes na mesma fita cassete para não ter trabalho de rebobinar? Tudo lá, de maneira mais que generosa. O show do New Order tinha que ser assim.

Foi bom gritar.
Foi bom pular.
We believe in a land of love!!!!

It's nothing I regret...

Mas fofo, fofo mesmo foi ver a amiguinha abordar um certo gato global em seu momento mais bombante para tirar uma dúvida que a impediria de dormir esta noite:
-Que novela você fez antes de Cobras e Lagartos?
-Ah...eu fiz mais de dez novelas.
-Você fez Chiquititas?
-Fiz, sim.
-Que temporadas?
-Só a última.
-Ah, eu não assisti a última... de onde eu te conheço então?

Sunday, November 05, 2006

Recesso: reality check

Estou de luto pela perda de um dos meus leitores mais participativos. Um amigo relativamente recente, mas muito muito muito querido.
Preciso de tempo para reorganizar as idéias e os meus sentimentos.
Talvez a serenidade volte amanhã de manhã ou talvez demore mais.
No meio tempo, aproveitem bastante para abraçar, beijar e declarar seu amor para as pessoas que importam na sua vida.